Por Marta Nogueira | Reuters
RIO DE JANEIRO - Chamado de Bloco 8, o projeto prevê a extração do minério de baixo teor (média de 20% de ferro) e a transformação em um produto de alta qualidade, com produção anual de 27,5 milhões de toneladas de concentrado, o que demanda a construção de barragens de rejeitos.
O termo de compromisso, segundo a mineradora, prevê que a SAM viabilize a contratação de equipes indicadas pelo MPMG para realização de trabalhos técnicos para compreensão dos aspectos de engenharia, ambientais e sociais do empreendimento.
Por meio de análises, o MP de Minas poderá conhecer mais o projeto e entender as soluções tecnológicas propostas, além de realizar contribuições. Os estudos serão conduzidos concomitantemente ao processo de licenciamento executado e sob responsabilidade da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável de Minas Gerais (Semad).
Em nota, o CEO da SAM, Jin Yongshi, disse que a empresa tem "plena confiança nos estudos técnicos já realizados" para o projeto e que "está certa de que as equipes independentes irão corroborá-los".
"Nossos estudos foram feitos de forma criteriosa e responsável e enxergamos o termo de compromisso como uma forma reforçar a transparência do nosso projeto. Queremos chegar à região norte para fazer diferença: de forma segura, com respeito pelas pessoas e para melhorar sua qualidade de vida", afirmou.
O Bloco 8 deverá ser formado por um complexo minerário para extração e tratamento de minério de ferro e uma importante barragem de água (Barragem do Rio Vacaria) que deverá atender a empresa e as comunidades locais. A localização abrange os municípios de Grão Mogol, Josenópolis, Fruta de Leite e Padre Carvalho.
Estão previstas duas barragens para receber os rejeitos construídas por uma técnica chamada de linha de centro, sendo a maior com capacidade para armazenar cerca de 845 milhões de metros cúbicos de rejeitos, 17 vezes mais que a barragem da Samarco, que se rompeu em 2015, em Mariana.
Nenhum comentário:
Postar um comentário