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terça-feira, 11 de maio de 2021

Balança comercial de Minas Gerais acumula saldo de US$ 7 bilhões

A balança comercial mineira registrou superávit de US$ 7,173 bilhões no acumulado dos quatro primeiros meses deste ano, segundo dados divulgados pela Secretaria Especial de Comércio Exterior e Assuntos Internacionais (Secint) do Ministério da Economia.

Por Mara Bianchetti | Diário do Comércio

O resultado foi 57% superior aos US$ 4,566 bilhões apurados no primeiro quadrimestre de 2020, a partir do saldo das exportações e importações mineiras. Vale dizer que no início de abril, o Ministério da Economia revisou a metodologia de análise das estatísticas, o que pode ter alguma influência sobre os resultados.

Quando considerado o volume transportado houve alta de 21% sobre o mesmo intervalo de 2019. Enquanto no acumulado de janeiro a abril deste ano, a diferença entre exportações e importações somou 42,196 milhões de toneladas, nos quatro meses do ano passado chegaram a 34,848 milhões de toneladas.

Apenas em abril, as cifras do comércio exterior do Estado apresentaram aumento de 50,43% e os volumes transportados aumentaram 21% na comparação com abril de 2020. O superávit do quarto mês deste ano chegou a US$ 2,073 bilhões e no mesmo mês do exercício passado foi de US$ 1,378 bilhão. Já os volumes foram de 42,196 mil toneladas, contra 34,848 mil toneladas, respectivamente.

Em relação a março – quando já foi aplicada a nova metodologia – o saldo da balança caiu, tendo passado de US$ 2,190 bilhões para US$ 2,073 bilhões. A queda foi de 5,6%. Em volume houve alta expressiva (245%), pois no terceiro mês deste ano a diferença entre exportações e importações foi de 12,222 mil toneladas contra as 42,196 mil toneladas do mês passado.

Somente as exportações do Estado somaram US$ 10,770 bilhões no acumulado de janeiro a abril deste ano, representando alta de 46,5% sobre os US$ 7,350 bilhões do exercício anterior. Na mesma comparação, as importações neste exercício chegaram a US$ 3,597 bilhões, contra US$ 2,784 bilhões, indicando elevação de 29% entre os anos.

Em termos de volumes, as exportações no ano já somam 46,385 milhões de toneladas contra 37,950 milhões de toneladas no exercício passado, uma queda de 22,22%. Já nas importações, o volume chegou a 4,189 milhões de toneladas de janeiro ao mês passado sobre 3,102 milhões de toneladas no mesmo intervalo de 2020, alta de 35%.

Em abril as exportações somaram US$ 3,033 bilhões, contra US$ 2,029 bilhões em igual mês de 2020. Já as importações chegaram a US$ 960 milhões neste exercício e US$ 651 milhões um ano antes.

Ressalta-se que no início de abril, o Ministério da Economia revisou a metodologia adotada para a análise das estatísticas da balança comercial. Com o novo modelo, foram recalculados os parâmetros para os números da série histórica, que foi iniciada em 1997. A mudança de critérios contribuiu para uma elevação do superávit, já que a base de comparação ficou menor.

Na ocasião, o Ministério da Economia informou por nota que “o objetivo da revisão é aprimorar a qualidade, a disponibilidade dos dados e aumentar a transparência dos processos de compilação e disseminação das estatísticas brasileiras de comércio exterior”.


Análise de exportações e importações

Os embarques de minério de ferro somaram US$ 4,995 bilhões nos primeiros quatro meses de 2021. Na mesma época de 2020 foram US$ 2,212 bilhões. Isso significa elevação de 125% entre os períodos. Minas embarcou, entre janeiro e o mês passado, 41,277 milhões de toneladas do insumo siderúrgico. Na mesma época de 2020 este número chegou a 32,673 milhões de toneladas, alta de 26%.

No mês, o volume de exportação do minério de ferro totalizou US$ 1,328 bilhão sobre US$ 661 milhões em abril de 2020, apontando alta de 100,9%. Em volume, ao todo foram 10,055 milhões de toneladas neste ano frente a 9,677 milhões de toneladas um ano antes. Aumento de 3,9%.

Já as remessas de café ao exterior aumentaram em quantidade e rendimento. Minas embarcou 636 mil toneladas até abril, contra 513 mil toneladas em 2020. Isso equivale a um incremento de 23,9% entre os períodos. Já em receita, a commodity rendeu US$ 1,460 bilhão, sobre US$ 1,193 bilhão no mesmo tipo de confronto, elevação de 22,3%. No mês, o volume chegou a 147 mil toneladas, contra 120 mil toneladas em abril do ano passado. Já as cifras foram de US$ 351 milhões, ante US$ 281 milhões.

Professor de economia do Ibmec/MG, Helio Berni avalia que tanto a valorização dos preços das commodities quanto a recuperação econômica de grandes compradores brasileiros favoreceram o resultado da balança comercial do País no último mês. Segundo ele, até o quarto mês de 2021, soja e minério de ferro puxaram as exportações nacionais.

Já no caso das importações, Berni afirmou que a base fraca também colaborou para o resultado, uma vez que nos primeiros meses de 2020, o Brasil começava a ser afetado pela pandemia de Covid-19, enquanto seus parceiros comerciais já enfrentavam há algum tempo as turbulências da crise sanitária. Neste caso, ele destacou as compras de matérias-primas e partes e acessórios para veículos automotivos.

“Apesar dos resultados, considero que as expectativas de recuperação traçadas para 2021 não irão se concretizar. O mercado ainda tem muitas dúvidas de curto e médio prazos e, apesar da previsão de aumento no PIB, é necessário considerar a base de comparação deprimida. O momento ainda é de muita cautela”, alerta.

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