Pular para o conteúdo principal

Deputado Alexandre Freitas quer que Favelização seja discutida no Plano Diretor do Rio de Janeiro (VIDEO)

Alexandre Freitas diz em vídeo que quer verticalização e título de propriedade nas favelas, e critica Brizola e Pereira Passos pela atual situação

Por Quintino Gomes Freire | Diário do Rio

O deputado estadual Alexandre Freitas (NOVO-RJ) defende a liberação das restrições de plano diretor para construção civil nas favelas como solução para atender à demanda por moradia e conter o seu crescimento, principalmente no Rio de Janeiro. A ideia foi lançada pelo deputado no seu novo canal do YouTube, o “Parlamentando”, que tratou de um dos principais problemas urbanos do país, tema pouco discutido pelos políticos: a favelização das cidades.

Divulgação

“Como na maior parte dos bairros do Rio de Janeiro, quase todos os morros são tomados por favelas, e muitas delas são muito mais populosas do que várias cidades do estado do Rio de Janeiro. Isso significa que milhões de pessoas sofrem com condições precárias de moradia, mas, principalmente, de insegurança, pois são dominadas por narcoterroristas e milícias, que são dois dos principais problemas que afetam as comunidades”, afirma o deputado.

No vídeo, Freitas aponta políticos históricos como responsáveis pelo processo de favelização do Rio de Janeiro, que tem raízes na própria história do país. Sem rodeios, abre o vídeo com a imagem do ex-prefeito do Rio Pereira Passos, do ex-governador Leonel Brizola e do ex-presidente do Brasil Getúlio Vargas, destacados com a frase: “A c* que fizeram”.

Segundo o parlamentar, a primeira favela do Rio, no Morro da Providência, no Centro da Cidade, surgiu como alternativa de moradias de famílias pobres expulsas de cortiços derrubados na reforma da cidade inspirada em Paris, realizada por Pereira Passos no início do século passado. O morro já era ocupado pelos soldados combatentes da guerra de Canudos, que foram frustrados na promessa da terra prometida.

“Com a revitalização dos grandes centros, vieram mais burocracia e regras para as construções, isso desestimulou o mercado, elevando os preços dos aluguéis e colocando os mais pobres ainda mais para a marginalidade”, conta o deputado. O ex-presidente Getúlio Vargas, segundo Freitas, também contribuiu para a crise da moradia nas cidades, quando tentou tabelar os preços dos aluguéis, mas a medida fracassou e agravou ainda mais o problema.

Além das interferências políticas no custo das moradias, Alexandre Freitas também atribui à política o agravamento de problema que aflige os moradores de favela, que é a segurança pública. Na sua opinião, outra herança maldita que deixa reflexos até hoje foi a decisão do ex-governador Brizola, que impediu a polícia de subir os morros para fazer operações combater a criminalidade, gerando, como reflexo direto e indireto daquela época, regiões da cidade praticamente intocáveis pelas forças policiais.

“Após tantos anos de descaso dos políticos, hoje nós temos mais de 1,3 milhão de pessoas ocupando as favelas da cidade do Rio de Janeiro e em quase todas elas sem acesso à saúde, saneamento básico e educação de qualidade e, principalmente, tendo que suportar o crime organizado na porta da sua casa”.

A solução desse problema, na sua visão, é a urbanização das favelas. “O primeiro passo é acabar com as restrições do Plano Diretor. A gente precisa verticalizar as favelas, principalmente, a cidade do Rio de Janeiro. Quanto mais andares a gente tiver, mais barato fica a habitação. É uma questão básica de lei de oferta e demanda”, afirma.

Defensor da titularização das propriedades das favelas, Alexandre Freitas observa que muitos moradores, por não terem comprovante de residência, não conseguem sequer abrir uma conta no banco, além de não terem acesso a diversas outras coisas dentro da nossa sociedade.

“Manter essas pessoas isoladas dos serviços básicos que devem ser providos pelo estado agrava ainda mais a insegurança gerada pelo crime organizado e esse, sim, precisa ser combatido fortemente, já que hoje a gente tem praticamente um estado paralelo, que se beneficia dessa desorganização orquestrada”, diz.

Para as favelas que ficam longe dos centros, o parlamentar defende que é preciso é reindustrializar o estado, atrair empresas, para que elas gerem empregos mais próximo dessas pessoas.


Camiseta Saia da Indignação para a Ação Preta (Unissex)

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Deputado quer fazer ‘revogaço’ de leis e burocracia na Assembleia Legislativa de São Paulo (VIDEO)

Você sabia que há uma lei em vigor no Estado de São Paulo, que isenta da cobrança de frete ferroviário o transporte de pombos-correio? Por Fernando Henrique Martins | Gazeta do Povo Parece piada, mas não é. Trata-se da Lei n.º 943 de 1951 , proposta pelo então deputado Antônio Sylvio Cunha Bueno, aprovada por seus pares, e sancionada pelo governador Adhemar de Barros. Deputado Estadual Ricardo Mellão (NOVO-SP) | Reprodução Assim como essa, tantas outras leis sem qualquer utilização prática ou relevância atravancam o sistema de cidades, estados e do País. É exatamente esse o ponto que o deputado estadual Ricardo Mellão (Novo) pretende atacar em sua legislatura. “Temos feito um trabalho que inicia na desburocratização legislativa. Minha equipe levantou 15 mil lei e descobrimos que 73% delas dizem respeito a denominações de viadutos, estradas, além de datas comemorativas, como Dia do Saci, Dia do Tomate. Só sobre o Dia da Uva temos três datas diferentes”, explica o parlame

Bancada do NOVO na ALERJ defende reforma tributária do estado

Com apenas 2 deputados estaduais, Chico Bulhões e Alexandre Feitas, o NOVO defende que o estado do Rio de Janeiro passe por uma reforma tributária, além da privatização da CEDAE. Por Quintino Gomes Freire | Diário do Rio Em discurso ontem, 5ª (14/3), o líder do partido, Bulhões, disse “Precisamos fazer estudos para entender onde estão os gargalos, como é que a gente consegue aumentar a competitividade das empresas que querem se instalar no Rio de Janeiro, gerando empregos e renda“. Deputados Estaduais Alexandre Freitas e Chicão Bulhões (NOVO-RJ) Ele elogiou o esforço da Secretaria de Fazenda no combate à sonegação e a corrupção na concessão de incentivos fiscais do estado, mas questionou o foco do governo na ampliação das receitas. Destacando que a crise fiscal também é uma crise de despesas. “Responsabilidade fiscal demanda responsabilidade com despesas. Não é sufocar apenas o contribuinte. É claro que tem que se punir quem está errado, mas também reconhecer que o esta

Saulo Evangelista foi aprovado no processo seletivo do NOVO como pré-candidato a vereador de Petrópolis (RJ)

Saulo Evangelista é pós graduado na área de Exatas e em Ciência Política, estudante de Direito, Empresário do ramo Alimentício, Professor e Servidor Federal da Área de Segurança. Partido NOVO Petrópolis  Por ser de família de origem humilde, sua motivação vem da certeza de que a Educação pode transformar a vida de uma pessoa. “Creio que somos os verdadeiros agentes de mudança e que cada um de nós deve fazer sua parte para que o todo seja melhorado.” Saulo Evangelista acredita na visão de longo prazo e que o ser humano é um ser político por natureza e que é responsabilidade de cada um fazer as melhores escolhas de seus representantes. Saulo Evangelista foi aprovado no seletivo e na Convenção Municipal como pré-candidato a vereador de Petrópolis pelo Partido NOVO!! Parabéns Saulo Evangelista !! O NOVO Petrópolis está com você! Acompanhe Saulo Evangelista: https://www.facebook.com/sauloevangelistanovo/ https://www.instagram.com/sauloevangelistanovo/ https://twitter.com/sauloevangelist