Por Mara Bianchetti | Diário do Comércio
De acordo com o secretário de Estado de Infraestrutura e Mobilidade, Fernando Marcato, como se trata de obra construída do zero, à medida que as alças forem sendo liberadas, haverá a cobrança pela utilização, que ocorrerá no sistema proporcional ao uso. E que, conforme ele, trata-se de modelo inédito no País.
O trânsito no Anel Rodoviário de Belo Horizonte será reduzido com a construção do Rodoanel Crédito: CHARLES SILVA DUARTE/Arquivo DC |
“Será a primeira rodovia do País 100% no chamado sistema free-flow, de fluxo livre. Não vai haver praças de pedágio. A cobrança vai ser feita por meio de tags ou aplicativo. Ou seja, a primeira rodovia que os usuários pagarão pelo tanto que usarem. Trata-se de uma tendência, inclusive o governo federal e o Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes) vem tendendo implementar o modelo e o primeiro será no Rodoanel”, explicou.
O pedágio deve ter como base R$ 0,28 centavos por quilômetro, podendo variar os preços cheios de cada alça, de acordo com suas extensões. Ao todo, o anel viário terá 100 quilômetros – dos quais 17 km compreendidos pela alça Sul, 13,28 km alça Sudoeste, 25,8 alça Oeste e 43,9 a alça Norte – sendo o entroncamento entre três rodovias principais que cortam o Estado, as BRs-381, 040 e 262.
Marcato lembrou ainda que para as intervenções estão previstos R$ 4,5 bilhões em investimentos, dos quais R$ 3,5 bilhões serão provenientes do acordo de R$ 37,68 bilhões entre a Vale e o Estado assinado na última semana para a reparação dos danos causados pelo rompimento da barragem da companhia em Brumadinho, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH). O restante, R$ 1,5 bilhão, virá das tarifas cobradas pela vencedora da PPP, que será responsável pela implantação, operação e manutenção da rodovia. A concessão terá duração de 30 anos.
Em relação às desapropriações, o secretário informou que está prevista a retirada de 200 famílias de Betim e Contagem (RMBH) ou o equivalente a 3,5 mil imóveis, para a construção da via, ao custo de R$ 1,2 bilhão. “Esta é uma preocupação muito séria e já temos a verba reservada para este fim. Além disso, temos discutido constantemente com os prefeitos das onze cidades da região metropolitana que serão impactadas pela rodovia”, contou.
Resultados
São grandes as apostas do governo do Estado no projeto, que, na prática, vai reduzir o fluxo no Anel Rodoviário que corta a capital mineira, com a premissa de que os caminhões que passam pela região não precisem transitar dentro de Belo Horizonte.
A estimativa é de que quando a via estiver 100% concluída, 5 mil caminhões sejam retirados do Anel diariamente, reduzindo não apenas o número de acidentes, mas também o tempo de viagem tanto para veículos de carga quanto para automóveis em geral.
Segundo o governo de Minas, está prevista também a diminuição dos custos de carga e escoamento, gerando maior competitividade dos produtos mineiros, bem como um incremento de 7% a 13% no Produto Interno Bruto (PIB) da RMBH em 10 anos, e na produtividade de 0,8% a 1,3% no mesmo período. A via deve gerar 10 mil postos de trabalho durante a fase de construção.
A estimativa é de que quando a via estiver 100% concluída, 5 mil caminhões sejam retirados do Anel diariamente, reduzindo não apenas o número de acidentes, mas também o tempo de viagem tanto para veículos de carga quanto para automóveis em geral.
Segundo o governo de Minas, está prevista também a diminuição dos custos de carga e escoamento, gerando maior competitividade dos produtos mineiros, bem como um incremento de 7% a 13% no Produto Interno Bruto (PIB) da RMBH em 10 anos, e na produtividade de 0,8% a 1,3% no mesmo período. A via deve gerar 10 mil postos de trabalho durante a fase de construção.
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