Agência Minas
Entre os dias 12 e 16 de fevereiro, as Forças de Segurança, atendendo a uma determinação do governador Romeu Zema, atuaram com planejamento que seguiu a ideia de um Carnaval sem aglomeração, buscando evitar o aumento dos números da covid-19 em Minas Gerais. Com a megaoperação, outro efeito positivo foi a redução da criminalidade no estado.
Coletiva
Em coletiva de imprensa nesta quarta-feira (17/2), as Forças de Segurança do Estado enalteceram o combate integrado às aglomerações e festas clandestinas e a contribuição por parte da maioria da população.
Durante o período do Carnaval atípico, a Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG) realizou mais de 28 mil operações, registrou 50 ocorrências de festas clandestinas, aplicou multas, registrou diversos boletins de ocorrências, além de ter conduzido 94 pessoas que estavam em eventos clandestinos.
O comandante-geral da PMMG, coronel Rodrigo Sousa Rodrigues, elogiou o comportamento da população e afirmou que foram evitadas centenas de festas clandestinas, principalmente na área rural e em sítios.
“Precisamos agradecer à sociedade, que não concordou com aglomerações e denunciou esses eventos à tropa policial militar, a quem agradeço por ter atuado durante essas madrugadas. Deixar para depois as festividades demonstra que as pessoas querem frear a pandemia e lutar pela vida”, afirmou o comandante da PMMG.
Megaoperação
A Polícia Militar atuou em ocorrências de festas com centenas de pessoas que foram encerradas e aglomerações clandestinas que acabaram mesmo antes de começar.
A instituição traçou seu planejamento como se fosse para um Carnaval típico, suspendendo férias, empregando viaturas da administração no operacional, redirecionando militares alunos em cursos de formação para o serviço, além de intensificar ações de fiscalização nas rodovias e em balneários e parques.
O comandante geral do Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais (CBMMG), coronel Edgard Estevo, relatou que houve queda de 15% nos números totais de ocorrências atendidas em relação ao ano anterior e de 3% em relação à média histórica das ocorrências típicas do Carnaval.
“Notamos claramente que houve redução da movimentação de pessoas e o reflexo disso é que tivemos uma redução no número total de ocorrências”, comemorou.
Inteligência
O subsecretário de Inteligência e Atuação Integrada da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), general Marçal, disse que a população entendeu o pedido do governador para que se fizesse um “Carnaval pela vida”. “Nós veremos o resultado dessa operação que foi desencadeada daqui a duas ou três semanas. Criamos um plano de contingenciamento para intensificar o nosso sistema de atendimento e no disque-denúncia", informou.
Também presente na coletiva, o chefe da Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG), delegado-geral Joaquim Francisco Neto e Silva, explicou que à instituição cabe a investigação criminal.
“Nesse sentido, no período de Carnaval, mobilizamos na capital o nosso departamento de investigação de homicídio, de forma que permanecesse atento a eventuais intercorrências: Coordenação de Recursos Especiais, a nossa Core, a nossa Puma, que é a Patrulha Unificada Metropolitana de Apoio, Delegacia de Eventos. E no interior do estado, todos os nossos plantões permaneceram sempre atentos", afirmou.
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