Por Michelle Valverde | Diário do Comércio
Para 2021, as expectativas tanto em atração de empreendimentos como na atuação dos setores econômicos do Estado no mercado externo são positivas. A taxa de juros mais baixa e o câmbio favorável são fatores que irão impulsionar as exportações, atendendo à demanda externa maior por vários produtos.
Política que vem sendo implementada pelo Estado tem buscado apoiar as empresas que se encontram na região e atrair novas | Leo Drumond |
O assunto foi discutido ontem durante a live “Perspectivas para o comércio exterior em 2021 no Brasil e no mercado externo”, promovida pelos terminais alfandegados de Minas Gerais – Porto Seco Sul de Minas, Porto Seco do Triângulo e Tora Recintos Alfandegados – em parceria com a Agência de Promoção de Investimentos e Comércio Exterior de Minas Gerais (Indi).
Durante o evento, o secretário de Estado de Fazenda, Gustavo Barbosa, ressaltou a posição estratégica de Minas Gerais como uma das principais vantagens para a atração de novos investimentos. Além disso, falou sobre a importância da política estadual para reduzir as burocracias, trazer segurança jurídica e auxiliar os empresários interessados em investir em Minas, seja para a instalação de novas plantas ou ampliação das já localizadas no Estado.
“Minas possui uma posição geográfica privilegiada e faz fronteira com os principais mercados consumidores. O Estado também é um centro de produção e distribuição de produtos e serviços. Minas atraiu, nos últimos anos, mais de R$ 100 bilhões em investimentos, não só pela posição geográfica, logística e infraestrutura, mas principalmente pela segurança jurídica, com destaque para as questões tributárias. Com um plano de governo voltado para auxiliar o investidor, atraímos empresas ícones como a Amazon, o Mercado Livre, a Tok Stok, entre outras, que vieram atraídas pela segurança jurídica”.
Ainda segundo Barbosa, os investimentos ocorreram porque o Estado e as entidades envolvidas conseguiram compreender as operações, os modelos de negócios e os desdobramentos e buscaram se adaptar. Para que os investimentos continuem, também será necessária a aprovação da Reforma Tributária.
“A reforma é necessária para o País, que está sendo penalizado por um sistema tributário caótico e esquizofrênico, que só traz adversidades para o empreendedor e para os investidores”.
Fiemg
O presidente da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), Flávio Roscoe, também destacou que Minas e o País estão em um bom momento para o comércio internacional e para ampliar as exportações. “Estamos vivendo um cenário muito positivo para o comércio internacional brasileiro, com câmbio mais alinhado com os câmbios dos demais mercados emergentes e favoráveis à produção do Brasil”, explicou Roscoe.
Apesar do momento favorável, o custo Brasil é considerado um empecilho, principalmente, o custo oculto, que nos produtos industrializados pode chegar a 15% do custo total e vai embutido nos produtos exportados. Esse custo tira a competitividade do setor exportador brasileiro, principalmente do industrial de valor agregado.
“Estamos com uma agenda bastante propositiva no governo federal para tentar reverter esse quadro e atacar diretamente o custo Brasil, que é um dos grandes males do nosso País. Muitas vezes, esse custo é burocrático ou específico em alguns setores que acabam influenciando na competitividade da economia brasileira. Mas o momento é extremamente positivo. Estamos com juros baixos, que também reduzem o custo financeiro e o custo de oportunidade das empresas em fazer investimentos. Então, estamos em um cenário de juros baixos, taxa de câmbio favorável e mercado internacional para vários produtos aquecido. Por isso, o Brasil tem aumentado as exportações e garantido rentabilidade aos exportadores”.
Ainda segundo Roscoe, com o cenário positivo e a demanda mundial aquecida, abre-se um horizonte para um crescimento acelerado em 2021. Em Minas, o destaque será o setor de mineração. Mas também é visto oportunidades em vários outros segmentos, que estão com movimentos de expansão da produção.
“É um cenário muito positivo para os próximos dois a três anos, fruto do câmbio favorável e de juros mais em linha com os praticados no mercado internacional. São fatores que trazem competitividade extraordinária para a indústria mineira”, concluiu Roscoe.
Apesar do momento favorável, o custo Brasil é considerado um empecilho, principalmente, o custo oculto, que nos produtos industrializados pode chegar a 15% do custo total e vai embutido nos produtos exportados. Esse custo tira a competitividade do setor exportador brasileiro, principalmente do industrial de valor agregado.
“Estamos com uma agenda bastante propositiva no governo federal para tentar reverter esse quadro e atacar diretamente o custo Brasil, que é um dos grandes males do nosso País. Muitas vezes, esse custo é burocrático ou específico em alguns setores que acabam influenciando na competitividade da economia brasileira. Mas o momento é extremamente positivo. Estamos com juros baixos, que também reduzem o custo financeiro e o custo de oportunidade das empresas em fazer investimentos. Então, estamos em um cenário de juros baixos, taxa de câmbio favorável e mercado internacional para vários produtos aquecido. Por isso, o Brasil tem aumentado as exportações e garantido rentabilidade aos exportadores”.
Ainda segundo Roscoe, com o cenário positivo e a demanda mundial aquecida, abre-se um horizonte para um crescimento acelerado em 2021. Em Minas, o destaque será o setor de mineração. Mas também é visto oportunidades em vários outros segmentos, que estão com movimentos de expansão da produção.
“É um cenário muito positivo para os próximos dois a três anos, fruto do câmbio favorável e de juros mais em linha com os praticados no mercado internacional. São fatores que trazem competitividade extraordinária para a indústria mineira”, concluiu Roscoe.
Agência busca facilitar investimentos na região
Para que Minas Gerais continue atraindo novos investimentos e estimulando a expansão das empresas já instaladas aqui, a Agência de Promoção de Investimentos e Comércio Exterior de Minas Gerais (Indi) tem desenvolvido um trabalho de aproximação e auxílio aos investidores, contribuindo para a redução da burocracia e ajudando, inclusive, na localização de espaços ideais para a instalação das empresas.
De acordo com o diretor de Atração de Investimentos da Indi, João Paulo Braga, o propósito da agência é facilitar investimentos e expansão dos negócios em Minas Gerais.
“Nosso papel é auxiliar o empreendedor que quer se instalar no Estado ou o que já está aqui. Para isso, oferecemos suporte e ajudamos a destravar caminhos para a jornada se tornar mais fácil. Isso acontece, principalmente, na interface com órgãos estaduais, com as questões ambientais e tributárias, por exemplo, e também no auxílio para encontrar os melhores locais para instalação”.
Todo o auxílio e apoio têm gerado resultados, principalmente, nos últimos dois anos. “Chegamos a mais de R$ 100 bilhões de investimentos atraídos, tanto com a atração de novas empresas para o Estado como na expansão das que já atuam aqui”.
Dentre os novos negócios, Braga destaca os aportes internacionais, como a instalação do Centro de Distribuição da Amazon, em Betim, da empresa de fertilizantes Yara, em Serra do Salitre, com investimentos de R$ 2,8 bilhões, e da Ball, com aportes de R$ 500 milhões.
Acordo promete impulsionar cooperativas no Estado
O governo de Minas Gerais formalizou a assinatura do acordo de cooperação técnica com o Sistema Ocemg. A parceria busca a união de esforços para implementar ações que fomentem o desenvolvimento e os negócios das cooperativas mineiras, na gestão e na qualificação técnica. O objetivo é propor soluções que estimulem a competitividade e garantam a perenidade do mercado.
“O estímulo aos novos negócios não é só para grandes empresas. O governo de Minas também auxilia os pequenos empresários. A celebração do acordo é um ganho para o cooperativismo mineiro. Vamos ajudar os setores a se organizarem. A partir de agora, serão realizadas inúmeras ações por todo o Estado, difundindo soluções em ganho de escala e produtividade”, afirma o secretário adjunto da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sede), Fernando Passalio.
Implementação e competências
A Sede e o Sistema Ocemg vão elaborar um plano de trabalho para orientar as ações a serem executadas. O governo do Estado deverá apoiar, facilitar e simplificar o ambiente de negócios das cooperativas mineiras. Além disso, o poder público vai ampliar as oportunidades de acesso a mercados privados, acompanhando e supervisionando os trabalhos. A mobilização para a participação dos associados de cooperativas no projeto ficará a cargo da Ocemg.
“O Sistema Ocemg é parceiro de longa data do governo de Minas. Estamos atuando em diversas frentes para desenvolver a economia. Somos um sistema consolidado e de credibilidade que abrange um universo aproximado de 800 cooperativas dos mais diversos ramos e mais de um milhão de cooperados. As comunidades vão crescer ainda mais com esse acordo firmado”, destaca o presidente da Ocemg, Ronaldo Scucato. (Agência Minas)
“O Sistema Ocemg é parceiro de longa data do governo de Minas. Estamos atuando em diversas frentes para desenvolver a economia. Somos um sistema consolidado e de credibilidade que abrange um universo aproximado de 800 cooperativas dos mais diversos ramos e mais de um milhão de cooperados. As comunidades vão crescer ainda mais com esse acordo firmado”, destaca o presidente da Ocemg, Ronaldo Scucato. (Agência Minas)
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