Boletim da Liberdade
A Câmara Municipal do Rio de Janeiro protagonizou na última segunda-feira (22) um debate curioso sobre a situação da Petrobras. Durante a reunião da Comissão de Desenvolvimento Econômico da Casa, o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos), filho do presidente Jair Bolsonaro, criticou a fala do vereador Pedro Duarte (NOVO), que havia lamentado a troca de comando na estatal.
Vereador Pedro Duarte, do NOVO, criticou mudança na Petrobras (Foto: Divulgação/Câmara Municipal do Rio de Janeiro) |
O assunto veio à tona, inicialmente, com a fala do vereador e ex-senador Lindberg Farias (PT). O petista celebrou a mudança no comando da Petrobras, concordando que a política de preços não precisa seguir os preços internacionais pois “isso favorece aos acionistas”.
“Vocês sabem que eu tenho todas as discordâncias [do governo Bolsonaro], mas essa administração do [Roberto] Castello Branco foi desastrosa na Petrobras. Está levando a diminuição violenta dos investimentos, privatização de todos os setores ligados”, defendeu Lindberg.
O vereador do NOVO, por sua vez, tomou a palavra e observou que “nos últimos dias, todos os liberais criticaram a mudança no comando da Petrobras e a interferência do governo Bolsonaro”.
“É a mesma crítica que fazíamos na época do PT. Então é curioso ver como, em dados momentos, o intervencionismo militar e histórico do Bolsonaro converge com o intervencionismo que o PT teve ao longo de seu governo”, pontuou.
O vereador Carlos Bolsonaro, que estava presente de forma remota, se incomodou com a colocação e aproveitou para criticar o NOVO.
“O vereador Pedro Duarte é do Partido Novo, não é isso? Isso já explica muita coisa da fala dele anteriormente. É muito fácil ficar cacarejando igual fica o líder do partido dele aí, dando porrada em tudo e qualquer lado, independentemente da capacidade de quem está assumindo a Petrobras agora”, reclamou Carlos, ressaltando a biografia do novo indicado pelo governo para assumir a petrolífera.
Na sequência, o filho do presidente também lamentou a comparação do governo Bolsonaro com o governo Dilma e chamou essa colocação de uma “narrativa” e que abordar a situação dessa forma seria um “oportunismo”.
“Desculpe-me o desabafo, mas é uma imensa covardia querer comparar qualquer pessoa que dentro da legalidade foi nomeada a ser presidente da Petrobras. A gente sabe que existem outros interesses por trás disso tudo, não há inocentes nessa história aqui, mas eu acho uma covardia atacar dessa maneira. […] Mas o que não concordo é com covardia e pré-julgamento“, concluiu Carlos.
Polo Laranja (Masculina) |
Nenhum comentário:
Postar um comentário