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quinta-feira, 11 de fevereiro de 2021

Ambientalistas rejeitam alça do Rodoanel nas serras do Rola-Moça e Calçada

Especialistas de meio ambiente dizem que propostas do governo de Minas causariam grandes impactos ambientais. Projeto ainda está em consultoria pública

Larissa Ricci | Estado de Minas

O Conselho Consultivo do Parque do Rola-Moça voltou a afirmar que não aceita nenhum traçado do Rodoanel pelas serras do Rola-Moça e Calçada, na Grande BH, e pediu que o Governo de Minas faça um novo estudo detalhado.

Governo estima que o Rodoanel Metropolitano pode diminuir em torno de 1 mil acidentes por ano só com a redução de fluxo no Anel Rodoviário | Leandro Couri/EM/D.A Press

"Queremos que outros estudos sejam feitos. Não para que se amenize o impacto, mas para que a via não passe pelas serras", disse Fred Lana, conselheiro do Consultivo do Parque do Rola-Moça.

A Associação Mineira de Defesa do Ambiente (Amda) já havia apresentado proposta, mas conselheiros apontam que é necessário que o próprio Governo de Minas faça um novo estudo detalhado para alternativas para a região.

Isso porque há sítios arqueológicos na região, além de um forte antigo – o Forte de Brumadinho, datado do século 18, que servia ao tráfego de pessoas e mercadorias – e de uma estrada: a Estrada da Serra da Calçada, também construída no século 18, que vinha de São Paulo e Oeste de Minas, pelo Vale do Paraopeba, até Ouro Preto (caminho de Bandeirantes), passando dentro de Piedade do Paraopeba, seguindo por Morro Vermelho, Tutaméia e subindo a serra ao Sul do Forte de Brumadinho, com trechos calçados.

Fred ainda pontua que a Serra da Calçada também é um dos principais pontos de lazer para moradores de região. "É o local para andar de bicicleta, para encontro das famílias. Imagina receber o trânsito da BR-040? Não adianta resolver um problema causando outro", questionou.

Ele frisa que a entidade não é contra a construção do Rodoanel: "Pelo contrário, sabemos que é extremamente importante para o trânsito de Belo Horizonte".

O conselho pede o posicionamento da Secretaria de Estado de Meio-Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Smed), da Vale, das prefeituras de Ibirité, Brumadinho, Nova Lima e do Iepha-MG.

O secretário de Estado de Infraestrutura e Mobilidade, Fernando Marcato, disse na terça-feira (10/2) em coletiva de imprensa que "a maior preocupação é com a Serra do Rola-Moça e Calçada, onde passará a alça Sul".

Ele informa estar em diálogo com o conselho e com a associação, com reunião marcada para esta semana.

Está disponível a consulta pública para o edital do projeto do Rodoanel Metropolitano de Belo Horizonte.

Por meio de uma página no site do Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG), a população pode acessar a minuta do edital, estudos de engenharia, econômico-financeiros e jurídicos do projeto.

Interessados em participar podem enviar sua contribuição para o e-mail rodoanelmetropolitano@infraestrutura.mg.gov.br, levando em conta o modelo de questionamentos disponibilizado nos arquivos. A consulta pública termina em 22 de março.

O Rodoanel

O contrato para o inicio das obras do Rodoanel Metropolitano de BH deve ser assinado até o final deste ano. O início das obras, porém, deve ocorrer em 2023, com entrega daqui a cinco anos.

O governo de Minas espera que a nova via desafogue o trânsito de Belo Horizonte, além de trazer outros benefícios sociais e econômicos.

Estudos indicam que o Rodoanel Metropolitano (trechos Norte e Sul) vai contribuir para a redução de cerca de 1 mil acidentes por ano na Grande BH.

A ideia é que o anel viário tenha 100 quilômetros de extensão: 17 quilômetros pela alça Sul; 13,28 quilômetros pela alça Sudoeste; 25,8 quilômetros pela alça Oeste; e 43,9 quilômetros pela alça Norte.

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