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quinta-feira, 21 de janeiro de 2021

“Zerar a fila da creche é prioridade”, diz secretário de educação de Joinville

Diego Calegari falou ao ND+ sobre as prioridades e os planos para a pasta na maior cidade de Santa Catarina

Juliane Guerreiro | nd+ Joinville


O ND+ continua a série de entrevistas com os novos secretários de Joinville. Nesta quinta-feira (21), é a vez de Diego Calegari, da Secretaria de Educação, falar sobre os desafios e as prioridades da pasta.

Ele é graduado e mestre em Administração, com especialidade em Liderança para Gestão Pública do Brasil e de Liderança do Visitante Internacional, ambas realizadas nos Estados Unidos. Também trabalhou como diretor de Inovação e Tecnologia na Secretaria do Estado da Educação e atuou como consultor de projetos de gestão e inovação em educação pública.

“Estou empolgado porque a equipe é muito competente e comprometida com a causa e a proposta da educação. Temos desafios enormes que vão tirar o nosso sono, mas estamos sempre pensando nas melhores soluções, começando a gestão com humildade, honra e alegria”, disse. 

Confira a entrevista:

Quais os desafios e as prioridades da pasta?


O primeiro desafio é a volta às aulas com um retorno seguro e eficaz. A gente tem um planejamento todo estruturado para um retorno seguro e efetivo e essa é a primeira prioridade. Vamos trazer os alunos em turnos alternados, fazendo parte na escola e parte em casa. É uma prioridade que envolve tanto o trabalho no sentido administrativo, de segurança sanitária, medição de temperatura e uso de EPIs, quanto no sentido pedagógico, que é saber como trabalhar nesse momento em que o aluno volta para o ensino presencial com o melhor uso do tempo, ferramentas e tecnologias adequadas.

O segundo desafio é a expansão de vagas em creches: existe uma demanda represada muito grande, beirando os seis mil alunos. O município atende uma parte, mas há a necessidade de investir e a gente deve fazer isso com parceria com creches conveniadas de forma rápida, mas ao mesmo tempo sustentável. Zerar a fila da creche é uma prioridade.

Uma terceira prioridade é a qualificação da gestão escolar. Existem um processo de gestão escolar, mas a gente tem muita defasagem de quadro de pessoal, uma necessidade de fornecer formação com gestores das escolas, com as pessoas que fazem a gestão do processo pedagógico. Tem todo o trabalho de requalificar os quadros para que a gente tenha pessoas sempre aptas e qualificadas a executar os trabalhos. A gente tem que ter efetividade no trabalho de gestão.

A quarta questão é instituir a avaliação da aprendizagem com a formação dos professores em cima dessa avaliação. Hoje, se você me perguntar onde estão os maiores problemas de aprendizado em português ou matemática eu não tenho essa resposta porque não tenho uma avaliação. Então, ela vai ajudar o professor no seu trabalho, mostrando onde os alunos têm dificuldade.

E ainda tem a questão do contraturno escolar e das parcerias com a comunidade. Nossa escola tem que ser interessante para o aluno, atrativa. Tem que dialogar com as novas tendências da educação. Eles querem aprender robótica, programação, design, tem a questão do teatro, da arte e dos esportes. A nossa proposta é trabalhar muito forte a expansão das possibilidades que a escola fornece ao aluno e isso tem que ser feito com a comunidade, com organizações e entidades que podem contribuir com esse processo.

A falta de vagas nos CEIs é um problema histórico em Joinville. O que já se tem pensado sobre isso?

Hoje, a gente tem o processo de matrícula, um legado da gestão anterior. Esse processo de expansão envolve um estudo que já começou: a gente tem que expandir onde existe a maior necessidade, tanto no sentido de demanda quanto no sentido socioeconômico, de olhar para os territórios e as famílias mais vulneráveis, que têm mais necessidades. Isso envolve um estudo de histórico de demanda, projeções futuras de crescimento dos bairros, onde vai expandir no futuro, onde vai ter mais demanda, tudo isso tem que considerar. Nós vamos ver como tornar o edital mais atrativo e interessante para atrair mais instituições que ofereçam vagas.

Quais são os projetos para a valorização e o desenvolvimento dos professores?

A primeira coisa importante é reconhecer os talentos que a gente tem. Há vários professores talentosos que fazem trabalhos incríveis, então temos que identificar continuamente as boas práticas, as boas soluções, os bons projetos que os professores já fazem. Depois, fazer um processo de reconhecimento e de valorização dos profissionais, botar o holofote em cima deles, que às vezes ficam como heróis solitários, sem reconhecimento. Temos que homenagear, dar visibilidade. A segunda questão é difundir aquilo que um professor faz, que dá muito certo e que pode ser feito em outras escolas. A gente pode ter um trabalho de colaboração em rede.

No plano de governo, se falou muito em medir a aprendizagem. Como isso vai funcionar?

Nossa intenção é que seja uma avaliação trimestral, segundo o ciclo do calendário escolar. Que seja com todas as séries do ensino fundamental em todos os componentes curriculares, talvez com algo diferente para educação física ou artes, que têm características de avaliação de aprendizagem diferentes. Para as outras disciplinas, a ideia é ser trimestral em todas as classes para, a partir dessas avaliações, fazer ciclos de feedback e melhora. A ideia é que essa seja também uma das avaliações dos alunos.

As atividades no contraturno escolar faziam parte do plano de governo do Adriano. O que já se tem sobre isso?

A gente não tem todos os detalhes ainda, estamos fazendo um planejamento com muito cuidado. Afinal, não é qualquer um nem qualquer coisa que pode entrar na escola. Para fazer de maneira efetiva, nossa previsão é começar pilotos de curto prazo e a gente tem oportunidade de começar já no primeiro semestre em algumas escolas e poder testar, começar a fazer alguns experimentos em conjunto com escolas que já tem essa vontade. A partir do segundo semestre, podemos começar um projeto mais escalado.

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