Por Quintino Gomes Freire | Diário do Rio
A Câmara de Vereadores do Rio de Janeiro retorna em fevereiro a suas atividades, com uma nova composição, com renovação de 1/3 e maior presença feminina. São 51 vereadores de 22 partidos, com DEM, PSol e Republicanos como as maiores bancadas, 7 cada um. Também terá uma maior presença feminina, de 7 para 10.
Carlo Caiado, William Siri, Rafael Aloísio Freitas, Tainá de Paula e Pedro Duarte | Reprodução |
Destes 51 vereadores, muitos já construíram sua história como Cesar Maia (DEM), Jorge Felippe (DEM), Rosa Fernandes (PSC), Teresa Bergher (Cidadania) e Chico Alencar (PSol), outros ainda constroem como Prof. Tarcísio (PSol), Felipe Michel (PP) e Lindbergh Farias (PT).
Mas de todos estes, quais temos de ficar de olho para o futuro. Qual vereador pode um dia vir a ser candidato a prefeito do Rio de Janeiro ou sonhar com voos maiores? Apesar de que desde a fusão, apenas Eduardo Paes (DEM) exerceu o cargo de edil antes de ser prefeito, já Cesar Maia e Saturnino Braga (PSB) foram após ter passado pelo CASS.
O DIÁRIO DO RIO, junto com o Instituto Rio21, selecionou 5 vereadores para que o carioca fique de olho e que podem brilhar nesta e nas próximas legislaturas, pavimentando o caminho para um dia se eleger em uma eleição majoritária.
Carlo Caiado (DEM)
O vereador Carlo Caiado (DEM) não é um novato na Câmara de Vereadores, está em seu 5º mandato como vereador, mesmo com apenas 39 anos. Este ano foi eleito como o mais jovem presidente da Câmara e o primeiro nascido após a fusão do Estado da Guanabara com o Estado do Rio de Janeiro.
Caiado chegou a ser pré-candidato a prefeito do Rio, mas com Paes desejando a vaga, abriu mão da candidatura. Apenas isso mostra que ele deseja voos maiores, e que ser presidente do Legislativo não será o suficiente para ele.
Bem relacionado, e de uma simpatia ímpar, não seria de admirar que ele fosse o nome escolhido pelo DEM para suceder o atual prefeito, se tudo caminhar bem nos próximos 8 anos. Cabe ao vereador fazer um bom trabalho em seu cargo atual, o que abrirá seu caminho.
Pedro Duarte (NOVO)
Se há um nome com potencial para um vitória para o Executivo dentro do NOVO nos próximos anos, é do vereador Pedro Duarte (NOVO). Apesar de estar em seu 1º mandato, Pedro tem um diferencial com a maioria de seus colegas de partido, não é um neófito na política, tendo sido presidente do DCE da PUC, trabalhou com o então deputado federal Otávio Leite (PSDB) e no gabinete do deputado estadual Alexandre Freitas (NOVO).
Ele também sempre foi um ferrenho defensor das causas liberais, e seu nome tem circulado bem nas redes graças a algumas medidas dele, mesmo com menos de um mês no Pedro Ernesto. Entre elas está o processo seletivo para fazer parte de seu gabinete e a renúncia a ajuda-combustível, selo e outros auxílios dados aos vereadores.
Óbvio, ele ainda tem uma grande estrada para caminhar, o partido dele também. Mas vamos ficar de olho, quem sabe em 2030 a cor laranja volte à Prefeitura do Rio.
Se há um nome com potencial para um vitória para o Executivo dentro do NOVO nos próximos anos, é do vereador Pedro Duarte (NOVO). Apesar de estar em seu 1º mandato, Pedro tem um diferencial com a maioria de seus colegas de partido, não é um neófito na política, tendo sido presidente do DCE da PUC, trabalhou com o então deputado federal Otávio Leite (PSDB) e no gabinete do deputado estadual Alexandre Freitas (NOVO).
Ele também sempre foi um ferrenho defensor das causas liberais, e seu nome tem circulado bem nas redes graças a algumas medidas dele, mesmo com menos de um mês no Pedro Ernesto. Entre elas está o processo seletivo para fazer parte de seu gabinete e a renúncia a ajuda-combustível, selo e outros auxílios dados aos vereadores.
Óbvio, ele ainda tem uma grande estrada para caminhar, o partido dele também. Mas vamos ficar de olho, quem sabe em 2030 a cor laranja volte à Prefeitura do Rio.
Rafael Aloísio Freitas (Cidadania)
Outro jovem veterano da Câmara, Rafael Aloísio Freitas (Cidadania), com 40 anos foi reeleito para seu 3º mandato como vereador do Rio com quase 19 mil votos. É herdeiro político de Aloísio Freitas, seu pai, que foi presidente da Câmara de 2007 a 2008.
Hoje exerce dentro do Pedro Ernesto cargos importantes, como 1º secretário, presidência da Comissão de Indústria e Comércio, além da poderosa vice-presidência de Orçamento. E o mais importante, em 2021 será o presidente da comissão de revisão do Plano Diretor do Rio de Janeiro, que propõe a política de desenvolvimento urbano e orienta o processo de planejamento do município. Assim Rafael pode mudar literalmente todo o Rio de Janeiro.
Apesar de ser, originalmente, um vereador local, do Méier, ele tem aparecido cada vez mais em atuações que vão da defesa da causa animal, da qual chegou a ser secretário municipal, até o trabalho com os donos de bares e restaurantes. Vai ganhando capilaridade, e seu nome sendo elogiado e cada vez mais conhecido.
Tainá de Paula (PT)
Qual a cara do futuro do PT no Rio de Janeiro? O partido que foi atingido pelo Tsunami do Mensalão só fez um deputado federal pelo estado em 2018, a veterana Benedita da Silva. Em 2020 o partido conseguiu ter mais um vereador em sua bancada na cidade do Rio de Janeiro, chegando a 3 vereadores, incluindo Tainá de Paula, que tem tudo para ser o futuro carioca do partido
Com 37 anos, Tainá cresceu em uma favela da Praça Seca, bairro dominado pelo tráfico e milícia, e foi a 2ª mais votada do PT em 2020, com 24.881 votos, só 38 votos atrás do ex-senador Lindbergh Farias. Apenas isso já a coloca como um nome importante dentro de um partido que precisa urgentemente de reoxigenação.
Um outro fator que pode levar Tainá aos holofotes, é sua formação como arquiteta e urbanista, em um momento que se discute o Plano Diretor, renovação do Centro do Rio e freio no crescimento da Zona Oeste mudando a expansão para a Zona Norte. Nesse cenário, sua expertise pode ser um diferencial para uma cidade mais humana e cacifá-la para tentar uma proporcional no futuro.
Qual a cara do futuro do PT no Rio de Janeiro? O partido que foi atingido pelo Tsunami do Mensalão só fez um deputado federal pelo estado em 2018, a veterana Benedita da Silva. Em 2020 o partido conseguiu ter mais um vereador em sua bancada na cidade do Rio de Janeiro, chegando a 3 vereadores, incluindo Tainá de Paula, que tem tudo para ser o futuro carioca do partido
Com 37 anos, Tainá cresceu em uma favela da Praça Seca, bairro dominado pelo tráfico e milícia, e foi a 2ª mais votada do PT em 2020, com 24.881 votos, só 38 votos atrás do ex-senador Lindbergh Farias. Apenas isso já a coloca como um nome importante dentro de um partido que precisa urgentemente de reoxigenação.
Um outro fator que pode levar Tainá aos holofotes, é sua formação como arquiteta e urbanista, em um momento que se discute o Plano Diretor, renovação do Centro do Rio e freio no crescimento da Zona Oeste mudando a expansão para a Zona Norte. Nesse cenário, sua expertise pode ser um diferencial para uma cidade mais humana e cacifá-la para tentar uma proporcional no futuro.
William Siri (PSol)
Evangélico e da Zona Oeste, você diria que este é o perfil de um vereador do PSol? O nosso lugar comum diria que não, afinal, no imaginário coletivo carioca, o PSol é o partido de Laranjeiras, Tijuca e Santa Teresa e dos ateus, isso apesar de Marielle Franco e Renata Souza terem vindo da Maré, e Chico Alencar ser católico praticante. Mas William Siri está aí para quebrar essa imagem.
Morador de Campo Grande, com apenas 28 anos, Siri é ligado ao deputado federal Marcelo Freixo (PSol) e defende uma maior inserção da Zona Oeste na economia da cidade. Em um partido que, as vezes, aparece mais em lutas de causa identitária, pode ser um retorno a preocupações mais essenciais.
Mesmo com uma votação baixa em 2020, ele pode ser a aposta futura para continuar o crescimento do partido para um eleitorado onde sofre mais rejeição, evangélicos e subúrbios. Não seria surpresa se vir candidato a governador do Rio de Janeiro em 2022 ou 2026, já que Professor Tarcísio já foi candidato duas vezes.
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