Por Gabriel Moraes | O Tempo
O candidato a vereador de São Paulo, Marcelo Castro, foi desfiliado do partido Novo após publicar em suas redes sociais uma opinião que gerou polêmica. Ao comentar a soltura do traficante André do Rap, ele disse que tráfico não deveria ser considerado crime.
O candidato a vereador de São Paulo, Marcelo Castro, foi desfiliado do partido Novo após publicar em suas redes sociais uma opinião que gerou polêmica. Ao comentar a soltura do traficante André do Rap, ele disse que tráfico não deveria ser considerado crime.
Marcelo Castro e o fundador do Novo, João Amoêdo | Foto: Instagram / divulgação |
"O tal do 'André do Rap' tava preso temporariamente há um ano. A lei é clara: prisão preventiva por mais de 90 dias tem que ser fundamentada. Não foi. Acerta MAM. Ademais, o cara foi preso por tráfico, não por assassinato ou latrocínio. Tráfico nem devia ser crime", afirmou Castro em sua conta no Twitter.
Após isso, ele se retratou. "Muita gente falando que o tal do 'André do Rap' era um chefão do PCC. Eu não sabia. Com esse nome, achei que era vendedor de droga de baile funk. Vi as matérias agora, parece grave. Neste caso, há claro risco à garantia da ordem pública. Me retrato pelo tuíte anterior", escreveu.
No entanto, ao comunicar que foi desfiliado do partido, Marcelo Castro reiterou sua opinião sobre o crime. "Queridos, tive minha filiação suspensa do partido Novo em função do tweet de ontem. Discordo, mas respeito a decisão do partido. A instituição estará sempre acima da opinião de qualquer filiado. A minha opinião de que 'tráfico não deveria ser crime' permanece e fico feliz de contribuir neste debate, ainda que tenha me expressado mal", completa.
O partido Novo informou que, no momento, a filiação do candidato está suspensa em caráter liminar, e a legenda comunicou a ele que a campanha também deve seguir o mesmo caminho. No entanto, o postulante precisa se defender oficialmente para ser tomada a decisão permanente.
A O TEMPO, Castro disse que a suspensão de sua candidatura ainda precisa passar pelo Conselho de Ética do partido.
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