Por Sabrina Quariniri | O Município Joinville
Adriano Silva foi o terceiro entrevistado da série de sabatinas ao vivo do jornal O Município Joinville que conversará, até 6 de novembro, com todos os 15 candidatos a prefeito da cidade.
Adriano Silva foi o terceiro entrevistado da série de sabatinas ao vivo do jornal O Município Joinville que conversará, até 6 de novembro, com todos os 15 candidatos a prefeito da cidade.
Esta é a primeira vez que se candidata para um cargo público. A candidatura, em chapa pura, conta com a vice Rejane Gambin.
Durante a transmissão, o candidato defendeu a desburocratização do processo de aberturas de novas empresas e liberação de alvarás e enfatizou sua experiência gestão empresarial.
Adriano também criticou a forma “precipitada” que alguns candidatos têm anunciado cortes de secretarias municipais e defendeu a meritocracia, por meio de processos seletivos, para cargos comissionados.
Além disso, citou iniciativas privadas como alternativa para enxugar os gastos dos cofres públicos e questionou a forma como opera a Câmara de Vereadores de Joinville. Prevendo a possibilidade de ter minoria na Casa, sua aposta é no diálogo para instituir e aprovar projetos.
Desburocratização
Durante a conversa, com cerca de uma hora, Adriano Silva destacou que a prioridade de seu governo será a geração de empregos e, para que isso aconteça, acredita que é necessário um processo de desburocratização na prefeitura.
“Nosso município hoje é campeão na burocracia para abrir uma empresa e para conseguir alvarás. Hoje nós temos muitas construções e investimentos emperrados”, critica.
Para o candidato, a explicação da evasão das empresas para cidades vizinhas, principalmente em Araquari, é a burocracia.
Adriano defende que Joinville é uma cidade que tem mão de obra qualificada, ecossistema e ramos de economia diversificados, mas o que impede os negócios de se instalarem é a demora na liberação de alvarás.
“Outro fator importante é a criação de espaços, principalmente na região sul, para que empresas possam se instalar e gerar mais empregos. Isso é uma questão de mobilidade, já que o emprego está no norte e o joinvilense mora no sul”, exemplifica.
Reforma administrativa
Sem citar números, Adriano afirma que uma reforma administrativa é necessária e, caso haja possibilidade, secretarias municipais podem ser cortadas. Mas acredita ser imprudente a forma como que outros candidatos à prefeitura citam os cortes e questiona se isso não prejudicará a população.
“A reforma administrativa nós não temos desenhado. Até porque acho isso, de certa forma, precipitado, no sentido de não estar lá dentro e ver os detalhes, para justamente dizer que vou reduzir tantas secretarias ou vou aumentar, ou vou fundir algumas. Temos que reduzir os custos, mas sem penalizar o serviço”, analisa.
Com relação aos cargos comissionados, não se posiciona contra, mas defende um novo formato, sem nomeações e com pessoas especializadas.
“Os cargos comissionados têm que ser colocados com pessoas técnicas, através de meritocracia, com processo de seleção e recrutamento. De todos os cargos comissionados, vamos contratar os que forem necessários para a prefeitura”, explica.
Adriano acredita que, neste formato, os próprios servidores serão mais valorizados. “Pois não tem indicação política, o servidor que entende a dinâmica da secretaria pode chegar ao cargo por merecimento”.
Parcerias com organizações privadas
Citando os altos custos do Hospital Municipal São José para manter seus 1.300 servidores, Adriano sugere contrato com uma organização social (OS) para reduzir os gastos da prefeitura.
Em seu plano de governo, para ter funcionalidade, a concessão dos serviços passaria a ser de uma empresa, que será a detentora da administração. O município faria o papel de fiscalizar todo o processo.
“O (hospital) Infantil é um exemplo de OS que funciona. Desta forma conseguiu ao longo do tempo reduzir o custo, já que o joinvilense paga esta conta sozinho, e dá condições para Joinville investir nesta área”, afirma.
Adriano também usou o exemplo do Centreventos Cau Hansen e da Arena, subsidiados pela prefeitura que, em suas palavras, “nos custam caro”.
“Se passa a concessão disso para a iniciativa privada, não tem mais este custo e pode ter até uma renda no aluguel. Além disso, passa a mais eventos em busca de recursos e geração de economia pra cidade”, defende.
Outra área citada por Adriano que poderia utilizar concessão é no saneamento básico. Ele não fala em privatizar a Companhia Águas de Joinville, mas em fazer concessão onerosa dos serviços de abastecimento de água e tratamento de esgoto.
“Já que o saneamento básico na cidade é uma vergonha. Nós temos 30% de tubulação passada e 20% do esgoto tratado. Isso é um problema ambiental e de saúde sério”, critica.
Relação com a CVJ
Caso eleito, com a possibilidade de conduzir uma gestão sem a maioria na Câmara de Vereadores de Joinville, Adriano apostará no diálogo para instaurar e aprovar projetos “que beneficiarão a população”.
O candidato questionou a forma como opera atualmente a Casa que, “com toda essa troca de favores, cargos, Joinville não funciona e está parada na burocracia”, citou.
Vinculado à proposta do Novo, propõe uma “nova forma de fazer política”, sem personalização de pessoas, mas abrindo discussão a ideias e projetos.
“Isso faz com que o partido possa conversar com todos os políticos que estejam dentro da Câmara, não importando o partido. O que importa é se a ideia é boa e pode ser implementada”, declarou.
Durante a transmissão, Adriano falou pouco sobre as obras da prefeitura e não fez a citação de outros candidatos, apesar de criticar os que prometem, de antemão, cortes em secretarias municipais.
Assista a entrevista na íntegra:
Polo Azul (Masculina) |
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