Agência Minas
Após três edições seguidas de queda no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), Minas Gerais inverte a tendência e, além de recuperar a trajetória de boa qualidade nos ensinos fundamental e médio, também apresentou os melhores indicadores já alcançados em fluxo e proficiência. Trata-se do maior salto na história do Ideb no estado. No ensino médio, o Ideb passou de 3,6 para 4,0, sendo três décimos superior ao maior Ideb já alcançado nesta etapa de ensino, em 2011.
Após três edições seguidas de queda no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), Minas Gerais inverte a tendência e, além de recuperar a trajetória de boa qualidade nos ensinos fundamental e médio, também apresentou os melhores indicadores já alcançados em fluxo e proficiência. Trata-se do maior salto na história do Ideb no estado. No ensino médio, o Ideb passou de 3,6 para 4,0, sendo três décimos superior ao maior Ideb já alcançado nesta etapa de ensino, em 2011.
“Minas conseguiu na última avaliação do Ideb no ensino médio a sua maior nota em toda a história, desde que esse índice foi criado. Estamos falando que é o melhor desempenho em 15 anos. Isso demonstra muito bem que a gestão pública, muito mais que só de recursos, depende também de boas ferramentas de gestão”, destacou o governador.
Zema ressaltou ainda que o empenho em sua gestão para diminuir a taxa de evasão escolar, reformular e melhorar o ensino integral permitiu que Minas alcançasse os expressivos resultados.
“Depois de muitos anos perdendo posição no ranking nacional, Minas avançou três posições. Saímos do 12º para o 9º lugar. Mas queremos mais. Fica o meu agradecimento aos professores, às professoras e gestores da educação. Fico honrado de estarmos colocando novamente Minas no rumo da boa educação”, afirmou o governador.
A secretária de Estado de Educação, Julia Sant’Anna, também comemorou o resultado, após Minas Gerais passar por um momento de “apagão” na qualidade do ensino apesar de toda a dificuldade financeira enfrentada pelo estado.
“Foi este estado que conseguiu reorganizar suas finanças, dispor de recursos para restabelecer os repasses para as escolas, realizar obras e isso ser revertido em bons indicadores de educação”, afirmou a secretária.
Julia Sant’Anna também valorizou o resultado obtido no ensino médio, principalmente na busca ativa de 15 mil alunos que retornaram às salas de aula.
“O grande trabalho feito por esta administração durante o primeiro ano da gestão foi focado naquela situação que era a mais frágil na história de Minas Gerais, o ensino médio. O estado tem uma história linda em relação a sua educação pública, mas trazia ainda uma fragilidade em relação ao ensino médio. Agora temos muito orgulho de trazer aos cidadãos mineiros a maior posição no Ideb de ensino médio na história do estado”, disse.
Resultados
De acordo com os resultados, a nota média padronizada, calculada a partir das proficiências de Língua Portuguesa e Matemática na avaliação nacional (Saeb) chegou a 4,76, um décimo acima da maior nota anteriormente obtida pelo estado, em 2007. Já no indicador de rendimento, o estado alcançou 0,84, três décimos acima do maior valor alcançado pelo estado, em 2013.
Um dos pontos mais expressivos que ajudaram Minas Gerais a conquistar esses resultados no Ideb foi a queda no abandono escolar. O estado é o segundo melhor em queda de abandono, ou seja, a partir de ações efetivas, Minas conseguiu diminuir o número de alunos que deixaram de frequentar a escola.
Em 2017, a taxa de abandono era de 8,1% no ensino médio, 3,1% nos anos finais do ensino fundamental e 0,3% nos anos iniciais. Já em 2019, a taxa registrada no ensino médio foi de 5,3%, nos anos finais do ensino fundamental foi de 1,6% e nos anos iniciais de 0,2%.
Como parte dos números históricos dessa edição do Ideb, a Secretaria de Estado de Educação (SEE) destaca também o expressivo aumento da participação dos alunos do ensino médio na realização da prova, fruto de uma mobilização realizada entre Superintendências Regionais de Ensino e diretores das escolas da rede. O índice de escolas do ensino médio que passaram a ter Ideb - por terem garantido a participação de no mínimo 80% dos alunos na avaliação nacional - saltou de 56% para 77% das unidades da rede. Já no ensino fundamental anos finais esse salto foi de 69% para 87% das escolas e no ensino fundamental anos iniciais, 93% das escolas tinham o Ideb e agora 97% possuem o índice.
Anos finais do ensino fundamental recuperam evolução
Os resultados também mostram crescimento histórico na nota média padronizada dos anos finais do ensino fundamental. Em 2019, Minas Gerais alcançou 5,29, retomando a maior nota já alcançada no estado, em 2011. Já no indicador de rendimento foi alcançado 0,88, que representou uma evolução de quatro pontos percentuais em relação a 2017. Em consequência disso, o Ideb apresentou crescimento de 4,4, em 2017, para 4,6, em 2019. No que se refere aos anos iniciais do ensino fundamental, cujo Ideb do estado é historicamente reconhecido, o resultado foi o mesmo de 2017, se mantendo em 6,5, com a posição nacional 4º lugar entre os estados.
Ações coordenadas explicam os bons resultados
Os resultados obtidos foram fruto de um trabalho minucioso de melhoria da gestão com foco em aprendizagem e no apoio às boas iniciativas das comunidades escolares. Desde o início de 2019, as escolas estaduais vêm realizando um trabalho minucioso de gestão de informações sobre alunos, professores e turmas.
Com as superintendências fortalecidas pelas lideranças nomeadas a partir do processo seletivo Transforma Minas, as escolas tiveram ainda mais apoio para o aprofundamento da qualidade das ações da gestão de notas e frequência e melhoria do cadastro dos alunos, garantia da vinculação de professores às turmas. A partir dessas ações, foi possível viabilizar solução ao histórico problema de superlotação em salas de aula, com a realização do desmembramento de mais de 600 turmas em todo o estado.
A melhoria na gestão dos dados pelos diretores viabilizou campanha de busca ativa de alunos em vias de evasão, garantindo retorno de mais de 15 mil estudantes à rede estadual. Para auxílio a esses alunos e a aqueles que, apesar de frequência constante, apresentavam déficits de aprendizagem, a SEE lançou programa de reforço escolar com a oferta de mais de 114 mil vagas, distribuídas em 6 mil turmas em mais de 1.600 escolas.
Seis meses após o início da gestão, a SEE reformou o programa de Tempo Integral, adequando a modalidade aos conceitos nacionalmente reconhecidos. As oficinas de contraturno foram substituídas por matriz curricular única em turmas seriadas, fortalecendo a proficiência com a garantia da progressão dos estudos neste formato.
Em 2019, além do investimento robusto na contratação de professores - para o programa de reforço escolar em escala, para solucionar questões de superlotação de turmas e para viabilizar nova metodologia de tempo integral -, por meio do programa Mãos à Obra na Escola, cerca de R$ 120 milhões foram aplicados em reformas e revitalizações de 770 escolas aproximadamente, em mais de 350 municípios mineiros.
Tão logo iniciada a nova administração, foram imediatamente restabelecidos repasses às escolas, de alimentação escolar e custeio, e aos municípios, de transporte escolar, com investimento total de R$ 425 milhões anualmente. Esses recursos haviam sido suspensos pela gestão anterior, fragilizando bruscamente o processo educacional em todo o estado.
Superintendentes
Logo após a coletiva de imprensa, nesta terça-feira (15/9), o governador Romeu Zema e a secretária de Educação Julia Sant'Anna participaram de uma videoconferência com os 47 superintendentes da SEE, que atuam em todas as regiões do estado auxiliando na implantação das ferramentas e orientação dos gestores escolares.
O governador destacou a importância do trabalho conjunto para que as estratégias sejam realmente eficientes nas realidades locais.
"A gestão melhorou muito a partir dessas ferramentas que implementamos e eu quero agradecer a todos os 47 superintendentes regionais, que tiveram uma participação muito grande nesse processo. Melhor que ter subido a nota, foi ter melhorado a participação dos alunos. E isso, com certeza, foi fruto do esforço de todos nós", disse.
Também participaram do encontro virtual o subsecretário de articulação educacional, Igor Alvarenga; a subsecretária de Desenvolvimento da Educação Básica, Geniana Faria; e a secretária adjunta de Educação, Rosa Maria da Silva Reis.
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