Por Thaís Mota | O Tempo
Um dos principais pontos abordados pelos candidatos à prefeito de Belo Horizonte é a retomada da economia, especialmente após os impactos da pandemia de coronavírus. Nesse sentido, o candidato do Partido Novo à Prefeitura, Rodrigo Paiva, propõe reformas e a redução de impostos como formas de desburocratização e também de incentivo ao empreendedorismo.
Rodrigo Paiva propõe reforma administrativa em BH para redução do gasto público | Foto: Moisés Silva |
“Belo Horizonte tem que apostar suas fichas na geração de emprego e renda. E como vamos fazer isso? Facilitando a vida do empreendedores. A prefeitura precisa ser parceira do empreendedorismo para que ele gere empregos”, disse. E já emendou falando sobre uma reforma administrativa que viabilizaria a redução de impostos: “E nós temos um compromisso de que, toda a economia que nós fizermos e nós vamos fazer, como foi feito pelo governo do Estado, uma reforma administrativa para simplificar a administração pública com a redução de secretarias. E toda a redução que obtivermos será compartilhada com a população de forma geral, através da redução de impostos”.
Em seu programa de governo, Paiva propõe a redução do Imposto Sobre Serviços (ISS) e também do Imposto sobre Transmissão de Bens Imóveis por Ato Oneroso Inter Vivos (ITBI), bem como o não reajuste do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU), por meio de uma revisão da metodologia de cálculo. No caso do ISS, esses ajustes seriam feitos de forma escalonada, ou seja, ao longo de alguns anos. “Vamos propor a redução do ISS, ao longo dos anos, até que tenhamos a tributação de todos os serviços prestados em Belo Horizonte com a alíquota única, o mais próximo possível de 2% (mínimo permitido por Lei Federal) em 2024”, consta no plano de governo. Atualmente, a taxa em BH é de 5%.
Segundo o plano do Novo, “Belo Horizonte precisa de uma vocação estrategicamente definida e alinhada com o novo mundo”, o que o candidato define como uma aposta em setores nos quais a capital se destaca. “Entendemos que Belo Horizonte precisa de usar e abusar do que o mundo moderno chama de economia criativa: a indústria da moda, a gastronomia, a tecnologia da informação e a biotecnologia. São áreas onde Belo Horizonte tem destaque nacional e mundial, mas precisamos capitanear para que empresas desses setores permaneçam aqui porque temos visto empresas surgindo com grande velocidade, mas quando crescem vão para São Paulo, Florianópolis ou mesmo para o mundo”.
Além de manter as empresas, ele pretende atrair novos investimentos, por meio da criação de uma agência voltada exclusivamente para tratar com investidores. Entre os possíveis investimentos que o candidato quer atrair para BH está uma fábrica de vacinas da Covid-19. Ele também quer revisar o plano diretor da capital para permitir o adensamento em algumas regiões, como sendo uma das formas de impulsionar a indústria da construção civil. “Vou te dar um exemplo, perto da estação Calafate do metrô só há residências, onde deveriam ter prédios de 50 ou 20 andares para que a população morando perto do metrô, ela ganha em mobilidade e mais qualidade de vida”.
Ele também defende que o potencial turístico da capital, especialmente o turismo de negócios, seja melhor explorado. Uma de suas ideias é a construção de um hotel ou um centro de convenções no complexo da Pampulha. “Inclusive, eu tenho uma ideia fantástica que é completar a obra do Niemeyer e do Juscelino. Tem uma obra faltante ali: falta a construção de um hotel que constava no projeto original. Não sei se seria como hotel mesmo, ou sendo um centro de eventos”.
Também propõe a construção de um centro de convenções “mais moderno” que o Expominas, além de um espaço de eventos na área onde funciona o Aeroporto Carlos Prates, na região Noroeste da capital. “No local poderia funcionar uma grande áreas para eventos tipo o Rock in Rio, a realização de desfiles de escolas de sambas e também um local para feiras” disse.
No início do mês, o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, anunciou em reunião com a bancada mineira no Congresso Nacional a desativação do aeroporto até o final de 2021. No entanto, a área é da União e, para que sejam realizadas obras pela prefeitura no local, é preciso que o espaço seja cedido ao município.
Nenhum comentário:
Postar um comentário