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terça-feira, 11 de agosto de 2020

Juliana Benício quer ser a esperança na política

A pré-candidata a prefeita de Niterói, Juliana Benício (Novo), visitou na segunda-feira (10) o parque gráfico e a redação de A TRIBUNA, onde falou sobre seus projetos e ideias para a cidade. 

A Tribuna

Juliana, que tenta seu primeiro cargo na política, afirmou que quer ser a esperança de Niterói. Ela falou sobre sua experiência na área da Educação e os motivos que a levaram a enfrentar o novo desafio.


“Sempre trabalhei com Educação. Defendo que o ambiente da gestão educacional é muito político. Tem que mediar interesses de vários setores, classes, como alunos, pais, técnicos, professores. Você tá mexendo com o bem público. Eu apurei esse meu lado político a vida toda atuando dentro da Educação. E dentro da Educação fiz de tudo: fui professora, diretora, diretora de grupo. Atuei na Educação Básica, Ensino Técnico, Ensino Superior. Fui da Educação Pública e da privada. Quando eu descobri o Novo me encantei. Aí falei: o Novo é diferente. Amigos meus falavam que eu tinha muito o perfil. Eu nem pensava em me filiar a partido político. Mas sempre gostei muito de política. 15 pessoas se inscreveram e só eu passei”, disse.

Ela defende que o Novo não é um partido de gestão, é um partido político acima de tudo.

“A gente defende que o político deve ter mais atribuições que ser político. Fazer política é o principal. Tem que mediar conflitos e interesses, ouvir todos os lados”, disse Juliana, que falou sobre o fato de não ser uma política tradicional e concorrer para a Prefeitura.

“A população já entende que não quer mais o tipo de representatividade que hoje ocorre. Não aceita mais casos de pessoas que furam a fila de uma consulta médica porque tem conhecimento ou consegue vaga em uma escola por conhece A ou B. A moeda de troca se saturou. Nesse sentido sou a renovação. Não usamos caixa 2, o volume da nossa campanha é praticamente zero, com muito pouca potência. O nosso forte é o trabalho. O cidadão não quer mais ouvir essa palavra renovação. A esperança tá doída”, afirmou.

Um dos projetos da pré candidata é diminuir a máquina pública.

“O Estado tem que ser do tamanho da dignidade, tem que ser garantidor da dignidade. Um dia a dignidade já foi fazer saneamento. Hoje, por exemplo, pode ser o wifi. As pessoas para terem acesso à informação têm que ter o wifi. A dignidade é mutante. Cultura é dignidade, alimenta as pessoas. Hoje, o Estado não atende a dignidade da pessoa. É altamente ineficiente em Niterói, altamente inflado. Não conheço um gestor de alta performance no Brasil e no mundo que tenha uma gestão com 60 diretores, que é o que o prefeito faz. Ele tem 60 cargos administrativos com status de secretário. É impossível gerenciar isso. Tem que diminuir esses cargos e o número de secretarias”, declarou.

Juliana afirmou que, caso seja eleita, acabará com a política do “toma lá, dá cá” e terá uma nova maneira de se relacionar com a Câmara.

“Os vereadores terão que trabalhar para o que foram eleitos. Terão que estudar suas regiões, trazer projetos para discussão. Eles vão se sentir muito mais orgulhosos e sentirão que serão admirados pela população. Terão que entregar algo para a população e não para o capital político dele”, afirmou.

A mobilidade urbana é, para ela, fundamental para o município, pois sem mobilidade não há ambiente de negócios.

“Hoje, a administração não acerta a origem dos problemas, só usa paliativos. Só chega na ponta do problema. Isso não gera benefícios e é caro. Acaba precarizando serviços como a Saúde. Comigo, o dinheiro vai gerar benefícios onde tem que chegar”, afirmou.

Outro ponto levantado por Juliana são as ocupações irregulares no município, que precisa, segundo ela, ser combatido imediatamente.

“A ocupação irregular tem que ser combatida, estancar esse fluxo. Teremos tolerância zero. Porque essas ocupações acarretam em mais pessoas que irão, lá na frente, sobrecarregar serviços como Educação e Saúde para as comunidades”, declarou.

Juliana Benício explicou por que pode ser uma alternativa para a população de Niterói.

“Serei uma alternativa e a população irá me conhecer através da minha prática. A fala está banalizada. Eu tenho esperança que as pessoas vão reconhecer meu jeito de ser. Eu uso muito as redes sociais, mas o discurso tem que ser complementar, e não uma via única. Não vai ser marqueteiro, jingle que vai resolver a disputa. Será uma campanha dos gestos”, disse.

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