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quinta-feira, 27 de agosto de 2020

João Guilherme: "Curitiba precisa voltar a ser das pessoas. A cidade não pode ter dono"

Apesar de inicialmente parecer um rosto novo aos eleitores curitibanos, João Guilherme Moraes, pré-candidato à prefeitura de Curitiba pelo Partido Novo, já chegou a disputar o segundo turno das eleições municipais de 2016, naquela ocasião filiado ao PSC e como candidato a vice-prefeito de Ney Leprevost, que agora deve ser um de seus concorrentes ao pleito deste ano.

Por Jean Pecharki | Gazeta do Povo

Moraes é curitibano, tem 46 anos, é casado, tem três filhas e uma longa carreira como médico oftalmologista e empresário. Ainda em 2019, foi escolhido como pré-candidato ao prefeito da capital paranaense pelo Novo, após um processo de seleção que começou com 13 concorrentes e foi dividido em etapas.


"Segundo o pré-candidato, a gestão da cidade precisa se voltar à participação democrática, trazendo a população para perto do poder público. “Queremos essa proximidade com as pessoas. Ouvindo, dando espaço, sendo democrático e fazendo uma gestão administrativa muito séria, muito eficiente, trazendo as pessoas para perto do poder público e dando bons exemplos, diminuindo privilégios, fazendo cortes em cargos de comissão e tendo esse tipo de atuação na gestão pública muito parecida com aquilo que a gente já faz na gestão privada. Esse é o nosso objetivo principal”, diz."

Confira abaixo a entrevista do pré-candidato do Partido Novo à prefeitura de Curitiba para a Gazeta do Povo:

O senhor não tem nenhuma passagem por cargos eletivos anteriores, tanto no Poder Legislativo quanto no Executivo, sendo um rosto bastante novo aos eleitores da capital. Acredita que isso pode influenciar sua candidatura de alguma forma?

Não temos tanta exposição, não ocupamos e não temos participação em eleições de maneira direta. Esse é o grande desafio: tornar a nossa proposta e nosso rosto mais conhecidos. Mas ao mesmo tempo esse também é o nosso grande diferencial. A proposta é justamente trazer as pessoas comuns, o cidadão consciente para participar do processo político. Para nós, essa é muito mais do que uma eleição municipal. É uma mudança na maneira de se fazer política. Fazer as pessoas que têm essa consciência de que é necessário participar do processo político, se apresentarem como opção e serem candidatos. Esse é um dos nossos grandes objetivos. Além de fazer uma campanha muito competitiva, presente, acreditando muito que temos boas possibilidades de sucesso, inclusive de vitória da eleição, também queremos fazer essa convocação da população para participar desse processo, pois só assim a mudança e a renovação vão acontecer, não só no município, mas no Brasil inteiro.

O senhor é médico e tem uma carreira bem-sucedida na área da saúde. Como essa experiência poderia ser utilizada em um eventual mandato?

Essa é uma das características que o profissional da saúde, o médico, precisa ter muito, que é a capacidade de decisão. Eu sou cirurgião, então eu tomo decisão todos os dias da minha vida na área profissional, decidindo se a pessoa vai voltar a ter uma boa visão ou não, se está no momento de operar. Várias e várias vezes já fiz a cirurgia no olho de um paciente que tinha a chance de ficar cego, só tinha aquele olho, e a gente tem que decidir pela realização ou não do procedimento. Então estamos acostumados a tomar decisão e a trabalhar sob pressão. Além dessa minha experiência como médico, tenho a experiência administrativa. Sou um dos administradores do hospital em que sou sócio. E eu faço essa gestão na área da saúde há bastante tempo. Eu trabalho com o Sistema Único de Saúde (SUS) há 20 anos. Então conheço todo o sistema público, o sistema privado e os gargalos, justamente onde devemos atuar na área da saúde, que vai ser um dos grandes desafios da próxima gestão. Teremos a segunda onda da Covid-19 e teremos que manter esse investimento robusto na saúde por um tempo muito mais prolongado.

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