Por Michelle Valverde | Diário do Comércio
Além disso, o trabalho conjunto criou uma rede que auxilia, orienta e concede crédito aos investidores, sendo fundamental para atrair e concretizar aportes, inclusive, internacionais. O assunto foi discutido, ontem, na 2º Webinar Minas Gerais – Investimentos e Desenvolvimento Econômico, promovida pela vice-governadoria do Estado de Minas Gerais.
As mineradoras devem investir em padrões de segurança | Crédito: Divulgação |
Durante a apresentação, o diretor-presidente do Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG), Sérgio Gusmão, fez um panorama da economia mineira. Ele destacou que Minas Gerais, apesar da crise enfrentada, é o terceiro maior Produto Interno Bruto (PIB) do País e o segundo maior exportador. A localização geográfica é estratégica, o que gera um ambiente logístico e industrial favorável à atividade econômica e representa um diferencial competitivo para as iniciativas de operações em todo o Estado.
A diversificação econômica, que é um potencial para atrair investidores, também foi destacada. No setor exportador e de futuro, o que Gusmão considera como fontes de resiliência e dinamismo para a economia de Minas, destaca-se o agronegócio. O potencial de crescimento do setor agropecuário, nos próximos anos, é grande.
Segundo Gusmão, do ponto de vista das commodities alimentares, Minas Gerais e o Brasil podem contribuir para garantir a segurança alimentar mundial. Além da expansão na agricultura, com destaque para grãos, cafés e setor sucroenergético, para os próximos anos, também é esperado aumento da produção de proteína animal.
“O avanço da tecnologia terá uma papel decisivo para o desenvolvimento de novas mudas em diversas culturas. Na pecuária, a adubação e a melhoria do solo, poderão ajudar os ganhos em produtividade e elevar ainda mais os resultados no campo”, disse.
Energia solar
Outro setor que tem atraído investimentos é o de energia, sobretudo de energias renováveis. Gusmão destacou que Minas Gerais vem passando por um boom de investimentos, em especial na energia solar fotovoltaica. A região Norte de Minas tem se destacado, mas existem projetos em várias outras regiões mineiras que possuem alto índice de insolação.
“Os investimentos, além de descarbonizar a matriz energética, têm alto impacto de desenvolvimento regional por estarem concentrados em localidades menos desenvolvidas, como o Norte de Minas”, disse Gusmão.
Na área de infraestrutura, o destaque é o tema das cidades sustentáveis. “Temos financiado vários projetos de investimentos em TI (tecnologia da informação), logística e saneamento, o que favorece o ganho em qualidade de vida e sustentabilidade com forte impacto na dinamização da economia no interior do Estado. Vemos também grande potencial para o estabelecimento de parcerias público privadas para a viabilização do aporte inicial do capital e operação eficiente, podendo representar uma nova onda de investimentos em infraestrutura municipal”.
Na área de mineração, Gusmão destacou que as tragédias recentes provocadas pelo rompimento de barragens da Vale e a maturidade de regiões produtoras irão provocar dois macros movimentos no setor. Se por um lado as empresas precisarão investir em padrões mais seguros e sustentáveis de produção mineral e no aperfeiçoamento nas cadeias de logística de distribuição e insumos, por outro lado, há enorme potencial para ações de diversificação e adensamento produtivo em territórios de mineração, com a ativação de novas cadeias produtivas.
Outro destaque em Minas Gerais é o setor de tecnologia e inovação. “Minas é o Estado com o maior número de universidades federais, que apresentam a maior produtividade acadêmica. São polos de tecnologias ligados às pesquisas de universidade e que facilitam para que o setor produtivo possa trabalhar de forma integrada, unindo tecnologia e inovação de ponta. Ao mesmo tempo o Estado fornece recursos humanos qualificados”, argumentou.
Gusmão explicou que o BDMG funciona como uma plataforma de desenvolvimento, com papel central na diversificação da matriz produtiva provocando mudanças nos padrões produtivos e estimulando a inovação tecnologia com responsabilidade social e sustentável. O banco tem disponibilizado recursos para diversos setores e buscando capital estrangeiro para atender à demanda dos empresários.
“Os investimentos, além de descarbonizar a matriz energética, têm alto impacto de desenvolvimento regional por estarem concentrados em localidades menos desenvolvidas, como o Norte de Minas”, disse Gusmão.
Na área de infraestrutura, o destaque é o tema das cidades sustentáveis. “Temos financiado vários projetos de investimentos em TI (tecnologia da informação), logística e saneamento, o que favorece o ganho em qualidade de vida e sustentabilidade com forte impacto na dinamização da economia no interior do Estado. Vemos também grande potencial para o estabelecimento de parcerias público privadas para a viabilização do aporte inicial do capital e operação eficiente, podendo representar uma nova onda de investimentos em infraestrutura municipal”.
Na área de mineração, Gusmão destacou que as tragédias recentes provocadas pelo rompimento de barragens da Vale e a maturidade de regiões produtoras irão provocar dois macros movimentos no setor. Se por um lado as empresas precisarão investir em padrões mais seguros e sustentáveis de produção mineral e no aperfeiçoamento nas cadeias de logística de distribuição e insumos, por outro lado, há enorme potencial para ações de diversificação e adensamento produtivo em territórios de mineração, com a ativação de novas cadeias produtivas.
Outro destaque em Minas Gerais é o setor de tecnologia e inovação. “Minas é o Estado com o maior número de universidades federais, que apresentam a maior produtividade acadêmica. São polos de tecnologias ligados às pesquisas de universidade e que facilitam para que o setor produtivo possa trabalhar de forma integrada, unindo tecnologia e inovação de ponta. Ao mesmo tempo o Estado fornece recursos humanos qualificados”, argumentou.
Gusmão explicou que o BDMG funciona como uma plataforma de desenvolvimento, com papel central na diversificação da matriz produtiva provocando mudanças nos padrões produtivos e estimulando a inovação tecnologia com responsabilidade social e sustentável. O banco tem disponibilizado recursos para diversos setores e buscando capital estrangeiro para atender à demanda dos empresários.
RECUPERAÇÃO ECONÔMICA EXIGE CAPITAL EXTERNO
Em Minas Gerais, a diversidade de setores e o potencial de crescimento têm atraído aportes. A manutenção desse fluxo será fundamental para a recuperação econômica no pós-pandemia. De acordo com o presidente da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex Brasil), Sérgio Segovia, de 2011 a 2019, foram atraídos 11 investimentos estrangeiros diretos em Minas Gerais que somaram US$ 636 milhões.
“A Apex tem trabalhado para facilitar a interlocução com os investidores, buscando orientá-los e esclarecendo as dúvidas. Queremos apoiar a vinda de mais recursos para Minas Gerais. A instalação de grandes empreendimentos em municípios brasileiros é importante porque trazem o desenvolvimento econômico, gerando empregos e estimulando a inovação. A Apex possui interesse em prosseguir apoiando o Estado em tudo que se refere à atração de investimentos estrangeiros diretos. A recuperação econômica após a pandemia dependerá diretamente da manutenção dos fluxos de investimento estrangeiros”, avaliou Segovia.
Para atrair os aportes estrangeiros, a Agência de Promoção de Investimento e Comércio Exterior de Minas Gerais (Indi) tem adotado uma postura mais agressiva e indo atrás de oportunidades. De acordo com o presidente da entidade, Thiago Toscano, apresentar o potencial do Estado é fundamental para despertar o interesse dos investidores.
“Desde o ano passado, estamos trabalhando mais próximos à Apex. O que estamos fazendo é dando um destaque maior para Minas Gerais. Adotamos uma estratégia mais agressiva em relação à agenda internacional, mostrando a diversificação do Estado e que estamos de portas abertas para receber novas empresas. Estamos participando de eventos internacionais, em 2019, por exemplo, fomos nos Emirados Árabes, China e Arábia Saudita para apresentar Minas e colocar no radar de investimentos”, disse Toscano.
Parceria
O assessor estratégico do vice-governador Paulo Brant e especialista em atração de investimentos estrangeiros, Marcos Mandacaru, destaca que a articulação entre o governo de Minas e as diversas entidades criou uma rede que contribui para a atração e efetivação de investimentos.
“Hoje, Minas Gerais, tem uma condição muito favorável porque temos uma articulação muito boa. A vice-governadoria atua no assunto de forma transversal no governo, conectando diversas secretarias com o tema dos investimentos. Trabalhamos com o Indi que é um parceiro e ente oficial de atração de investimentos. Já o BDMG é um banco de importância estratégica para Minas, já que traz recursos de fontes internacionais e tem fomentado do pequeno ao grande negócio, sendo um parceiro importante na diversificação do Estado”, ressaltou.
Segundo Madacaru, a Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg) também tem contribuído para a facilitação de investimentos. Atuando na interlocução com outros parceiros industriais e na capacitação industrial.
“Hoje atuamos como uma rede para atrair investimentos para Minas, e tem funcionado bem. Como assessor do vice-governador, tenho ajudado as empresas no processo que chamo de “soft landing”, ou seja, aterrissagem suave em Minas Gerais, colocando toda a rede conectada ao investidor de acordo com a demanda dele. Fazemos a interface com a Apex, que é a agência para promoção do Brasil, para atrair investimentos e para promover Minas globalmente”, explicou.
De acordo com Mandacaru, a agenda de atração de investimentos para Minas é potencializada por um governo que busca desburocratizar, facilitar e ser amigo do empresário, desta forma, é um governo a favor da geração de empregos e de business.
“Nosso interesse é que Minas Gerais prospere e gere empregos. Também estamos atuando junto aos municípios no processo de atração de investimentos, orientando na definição de setores prioritários. Isso facilita o processo de atração dos aportes”, argumentou.
“Hoje, Minas Gerais, tem uma condição muito favorável porque temos uma articulação muito boa. A vice-governadoria atua no assunto de forma transversal no governo, conectando diversas secretarias com o tema dos investimentos. Trabalhamos com o Indi que é um parceiro e ente oficial de atração de investimentos. Já o BDMG é um banco de importância estratégica para Minas, já que traz recursos de fontes internacionais e tem fomentado do pequeno ao grande negócio, sendo um parceiro importante na diversificação do Estado”, ressaltou.
Segundo Madacaru, a Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg) também tem contribuído para a facilitação de investimentos. Atuando na interlocução com outros parceiros industriais e na capacitação industrial.
“Hoje atuamos como uma rede para atrair investimentos para Minas, e tem funcionado bem. Como assessor do vice-governador, tenho ajudado as empresas no processo que chamo de “soft landing”, ou seja, aterrissagem suave em Minas Gerais, colocando toda a rede conectada ao investidor de acordo com a demanda dele. Fazemos a interface com a Apex, que é a agência para promoção do Brasil, para atrair investimentos e para promover Minas globalmente”, explicou.
De acordo com Mandacaru, a agenda de atração de investimentos para Minas é potencializada por um governo que busca desburocratizar, facilitar e ser amigo do empresário, desta forma, é um governo a favor da geração de empregos e de business.
“Nosso interesse é que Minas Gerais prospere e gere empregos. Também estamos atuando junto aos municípios no processo de atração de investimentos, orientando na definição de setores prioritários. Isso facilita o processo de atração dos aportes”, argumentou.
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