Amanda Quintiliano | Estado de Minas
Destacando que a taxa de letalidade da COVID-19 no estado está abaixo da média do restante do país, o governador Romeu Zema (Novo) fez a entrega de respirados ao Hospital São Judas Tadeu, em Oliveira, região Centro-Oeste de Minas, nesta sexta-feira (7). Os aparelhos vão possibilitar a abertura de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) para ampliar a capacidade de atendimento a pacientes no município e região.
O governador participou da solenidade de entrega dos respiradores em Oliveira | Ricardo Miranda/TV Alterosa |
Com 3.381 óbitos registrados desde o início da pandemia, Minas Gerais tem mantido, nas últimas duas semanas, a taxa de letalidade, hoje em 2,1%, abaixo da média nacional. “Não é que estamos bem apenas nestas duas semanas não, desde o início da pandemia estávamos em terceiro, segundo, agora, em primeiro lugar”, afirmou. Zema atribui o número às medidas adotadas ainda no início da pandemia e ao que chamou de “perfil do mineiro, cauteloso e desconfiado”.
Providências que, segundo ele, possibilitaram alongar a curva até julho, quando houve o início do pico, evitando a sobrecarga do sistema de saúde. “Tivemos tempo de estruturar e fortalecer o sistema de saúde do estado”, destacou. Questionado sobre o motivo de não ter colocado o hospital de campanha para funcionar desde a implantação, fez uma comparação: “Alguém viaja sem pneu e estepe, nós fizemos uma viagem”.
Sem minimizar a situação, o governador afirmou que haverá “batalhas pela frente”. “Claro que esse momento que estamos vivendo agora, o pico, é um intervalo do jogo. Vamos começar o segundo tempo e ninguém ganha o jogo tendo jogado só o primeiro tempo. Vamos precisar continuar com todas essas medidas de segurança, distanciamento, uso da máscara, higienização, etc. Até que a vacina fique pronta e as pessoas sejam imunizadas, não há outra alternativa”, ponderou.
Redução da curva
A tendência de redução da curva é esperada ainda para agosto. “Pelos nossos cálculos, e seguindo o que aconteceu em outros países, Itália, Espanha e no próprio Amazonas, é de que em agosto, setembro, a gente comece a ter um pouco de queda. Mas não parece que será uma queda vertiginosa não”, afirmou o secretário de Estado de Saúde, Carlos Eduardo Amaral. Para a redução serão observados dois fatores que refletem na transmissão, hoje abaixo de um.
“Uma é manter, como estamos fazendo, os cuidados com a população e outra seria a quantidade de pessoas que já pegou a doença, que também seria uma barreira que a gente chama de imunidade de rebanho de manada”, explicou.
Amaral destacou que o momento é propício para observarem as boas práticas adotadas no mundo para que sejam definidas as próximas medidas, como flexibilização de atividades, dentre elas o retorno às aulas. A primeira versão do programa Minas Consciente, segundo ele, foi para tentar frear o risco de explosão do coronavírus, já este segundo é para parametrizar o caminho daqui para frente. “Considerando que será um caminho longo. Não será um ou dois meses, é possível que teremos que conviver com esses vírus por muito tempo”, destacou.
Polo Branca (Masculina) |
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