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COVID-19: amostras de esgoto indicam que contaminação em Belo Horizonte pode ter atingido o pico

Estimativa sofre redução nesta semana, retornando ao nível coletado há duas semanas, mas conclusão depende da análise nas próximas semanas. Estudo é divulgado semanalmente pela Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA) e do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Estações Sustentáveis de Tratamento de Esgoto

Roger Dias | Estado de Minas


A estimativa de foco de coronavírus nos esgotos de Belo Horizonte teve recuo nesta semana. De acordo com boletim divulgado semanalmente pelo Movimento COVID Esgotos, pelo menos 500 mil pessoas teriam sido infectadas. Os casos confirmados na localidade abrangida pelo projeto chegam a menos de 20 mil.

Projeção do foco de COVID-19 nos esgotos diminui em BH | Leandro Couri/EM/D.A Press

A projeção anterior mostrava um contaminação de pelo menos 850 mil indivíduos, com dados divulgados na semana passada. De acordo com os estudiosos que participam do projeto, o retorno ao patamar anterior de estimativa pode indicar que o pico da infecção tenha sido atingido, mas qualquer conclusão ainda dependerá da observação dos resultados nas próximas semanas de coletas de amostras de esgotos.

As amostras foram coletadas na bacia do Rio Arrudas e no Córrego do Onça, que abrange vários bairros de Belo Horizonte e Contagem. Os pesquisadores reforçam que não há evidências da transmissão do vírus através das fezes (transmissão feco-oral) e que o objetivo do levantamento é mapear os esgotos para indicar áreas com maior incidência da doença e usar os dados obtidos a partir do esgoto como uma ferramenta de aviso precoce para novos surtos.

“Os resultados de população infectada estimada total apresentados mostram um retorno ao patamar de cerca de 500 mil pessoas (tal como observado nas semanas epidemiológicas 27 e 29), reiterando a expectativa de que o platô da curva epidêmica de Belo Horizonte tenha sido atingido. Tal hipótese poderá ser confirmada a partir dos resultados das próximas duas ou três semanas de monitoramento”, indica a pesquisa, que começou a ser desenvolvida no mês de abril.

O trabalho terá duração de 10 meses. Na última semana, os estudiosos também modificaram os pontos de coleta de efluentes, passando a monitorar 17 sub-bacias de esgotamento, já que o monitoramento de dois dos três hospitais de referência para o tratamento de pacientes com a COVID-19 foi encerrado.

Apesar da redução do foco de COVID-19, o Arrudas e o Córrego do Onça permanecem concentrando 100% de foco de COVID-19 nas amostras analisadas. Essa tendência foi observada desde a análise feita no Arrudas de 8 a 12 de junho e no Onça a partir de 25 a 29 de maio. 

O projeto Monitoramento COVID Esgotos é uma iniciativa conjunta da Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA) e do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Estações Sustentáveis de Tratamento de Esgoto (INCT ETEs Sustentáveis/UFMG), em parceria com a Companhia de Saneamento de Minas Gerais (COPASA), o Instituto Mineiro de Gestão das Águas (IGAM) e a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG).

Boné Novo Preto

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