Paulo Galvão | Estado de Minas
Depois de posicionamento contrários de parte dos servidores e também da oposição, o governador Romeu Zema defendeu a reforma da Previdência enviada à Assembleia Legislativa no mês passado. Segundo ele, essa é a única saída para que Minas seja viável.
O governador Romeu Zema defende a aprovação da reforma da previdência em Minas pela Assembleia Legislativa | Pedro Gontijo/Imprensa MG/Divulgação |
“Há cinco anos o funcionalismo público do Executivo de Minas não recebe seu salario em dia, o 13º salário em dia. Essa reforma visa principalmente beneficiar o funcionário público. O Estado continua gastando mais do que arrecada. Não adianta o servidor continuar tendo tudo o que tem hoje e amanhã o Estado não ter condição de pagar salário, aposentadoria e pensão”, afirmou o governador, durante entrevista na rádio Itatiaia na tarde desta quarta-feira, (1/7).
Segundo ele, o governo tem usado recursos federais para conseguir honrar os compromissos. Uma parte dos valores recebidos têm de ser obrigatoriamente gastos no combate à pandemia de COVID-19, mas outra parte, quase dez vezes maior, é de uso livre, o que tem ajudado bastante neste momento de crise sanitária e financeira.
“Nós estamos tendo uma queda expressiva na arrecadação. E a economia vai levar um bom tempo para recuperar. Mesmo se não fosse a pandemia, a situação do estado não seria viável. A reforma da Previdência é fundamental, a única alternativa para o futuro”, disse.
O governo de Minas só conseguiu quitar os salários de maio em 25 de junho, ou 20 dias depois do estabelecido em Lei. Mesmo assim, porque também vem contando com o apoio de outros poderes, que aceitaram adiar os recebimentos dos duodécimos a que têm direito, segundo a Constituição.
“No mês de junho todos os poderes contribuíram. Cederam mais cinco dias além da data que o pagamento iria acontecer e, com isso, conseguimos pagar a folha do funcionalismo público no dia 25”, explicou Zema.
Para o pagamento da folha de junho, que deve ser efetuado até terça-feira, porém, não há previsão. “O funcionalismo público vai receber como nos meses anteriores parte do seu salário em meados do mês e a outra parte bem no final do mês. Isso é o que deve ocorrer. A atividade econômica recuperou um pouco, devido a ela ter caído muito, mas eu não tenho ainda, infelizmente, condição de dar uma data”, disse, em entrevista ao Estado de Minas, concedida na terça-feira.
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