Filipe Sabará* | Diário de São Paulo
São mais de 35 milhões de brasileiros sem acesso a água tratada e cerca de 100 milhões que não contam com coleta de esgoto. E não pensem que esses números são referentes a parte mais pobre do país. Pelo contrário. São Paulo, a cidade mais rica do Brasil, também tem problemas da Idade Média. Segundo a Trata Brasil, são cerca de 460 mil paulistanos sem acesso a serviço de coleta de esgoto e 330 mil com água irregular.
São mais de 35 milhões de brasileiros sem acesso a água tratada e cerca de 100 milhões que não contam com coleta de esgoto. E não pensem que esses números são referentes a parte mais pobre do país. Pelo contrário. São Paulo, a cidade mais rica do Brasil, também tem problemas da Idade Média. Segundo a Trata Brasil, são cerca de 460 mil paulistanos sem acesso a serviço de coleta de esgoto e 330 mil com água irregular.
Filipe Sabará | Reprodução |
Mas se, dados da ONU mostram que a cada R$ 1 investido em saneamento, R$ 4 são economizados com saúde, por que não investir?
Primeiro porque, como dizem alguns políticos, cano enterrado não dá voto. Ou seja, governantes preferem investir em algo com mais visibilidade como pontes e viadutos. Segundo porque toda nossa rede de saneamento é gerida por estatais, ou seja, empresas públicas ineficientes, com cabides de empregos e gastos surreais.
Por isso, o projeto de lei do Marco Legal do Saneamento, aprovado pelo Congresso, é tão importante. Ele abre a possibilidade de parcerias público-privadas para o setor, possibilitando uma mudança de paradigmas. Afinal, para garantir a universalização do sistema será preciso investir cerca de R$ 600 bilhões até 2033. Um dinheiro que os estados e municípios simplesmente não têm.
Além disso, a abertura de mercado deve gerar cerca de 700 mil empregos diretos. Sem contar toda a movimentação extra da economia, com aumento do turismo e da preservação do meio ambiente, por exemplo.
Caso ainda não tenha conseguido convencê-lo da necessidade da entrada do investimento privado no setor, cito os dados de acesso a esgoto no Chile (99,15%), México (85,2%) e Peru (76,2%). O que há de comum entre eles? A iniciativa privada atuando! Precisamos disso para salvar vidas!
*Filipe Sabará é empresário, especialista em desenvolvimento socioambiental, ex-secretário municipal de assistência social e ex-Presidente do Fundo Social do Estado de São Paulo. Filiado ao Partido Novo.
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