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terça-feira, 30 de junho de 2020

Mais famílias serão retiradas de casa por risco de barragem em Itabirito e Ouro Preto

De acordo com a Defesa Civil de Minas Gerais, a operação cumprirá todos os protocolos de saúde e segurança recomendados diante do quadro de pandemia da COVID-19
Larissa Ricci | Estado de Minas
Moradores das zonas rurais de Itabirito e Ouro Preto, na Região Central do estado, começaram a ser cadastrados, nesta terça-feira, para serem transferidos para hotéis da região durante o mês de julho.

Mudança é uma medida preventiva de segurança decorrente da ampliação da Zona de Autossalvamento (ZAS) das barragens Forquilha I, II, III e IV | Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press

A mudança é uma medida preventiva de segurança decorrente da ampliação da Zona de Autossalvamento (ZAS) das barragens Forquilha I, II, III e IV e Grupo, do Complexo de Fábrica da Vale. Outras 11 famílias já haviam sido realocadas no ano passado.

Segundo a Defesa Civil de Minas Gerais, o aumento dos limites da ZAS é resultado do Termo de Compromisso firmado entre o Estado de Minas Gerais, o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) e a Vale para a revisão do "dam break" dessas barragens. O novo estudo passou a considerar um cenário extremo de rompimento das quatro estruturas ao mesmo tempo e segue as diretrizes previstas no TC assinado com o MPMG.

A Defesa Civil vai conduzir a realocação de forma planejada com o apoio da Vale.

As famílias irão receber assistência integral da empresa. Além da hospedagem em hotéis e, posteriormente, em moradias temporárias com aluguel social custeado pela Vale, serão assistidas por atendimento psicossocial, alimentação e transporte para necessidades básicas e emergenciais - como trabalho, escola e consulta médica.

De acordo com a Vale, os animais também serão resgatados e acolhidos na fazenda administrada pela Vale na região, onde ficam sob cuidados de 50 médicos veterinários, biólogos e auxiliares.

A operação cumprirá todos os protocolos de saúde e segurança recomendados diante do quadro de pandemia da COVID-19.

"Cabe ressaltar que não houve alteração nos dados técnicos das estruturas ao longo dos últimos meses e que as últimas inspeções não detectaram anomalias", informou a Defesa Civil.

De acordo com a Vale, as barragens do Complexo de Fábrica são monitoradas continuamente por meio de piezômetros automatizados, radares terrestres, estações robóticas totais, capazes de detectar movimentações milimétricas, e microssísmica, além de observadas por câmeras de vigilância 24 horas por dia pelo Centro de Monitoramento Técnico (CGM) da Vale.

Boné Novo Preto

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