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sexta-feira, 15 de maio de 2020

Zema alerta para um 'maio pior que abril' e dispara: 'Se lei resolvesse problema de caixa, ficaria satisfeito'

Governador disse que não teve acesso ao Projeto de Lei aprovado pela Assembleia Legislativa e pediu união para enfrentar a crise


Déborah Lima e Matheus Adler | Estado de Minas

O governador de Minas Gerais, Romeu Zema, concedeu entrevista coletiva nesta sexta-feira (15), na Cidade Administrativa. Zema, ao lado de seus secretários, detalhou a situação financeira do estado e garantiu não ter tido acesso ao Projeto de Lei aprovado pela Assembleia Legislativa, que pode fundamentar seu impeachment em caso de atraso de repasses financeiros ao Legislativo e Judiciário.

Governador de Minas Gerais Romeu Zema (NOVO-MG) | Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press

Zema pregou união entre os poderes para superar a crise e disse que 'visões distintas' não vão contribuir neste momento.

"Não tive acesso ao projeto. Meu dia foi bastante corrido. Vamos avaliar criteriosamente a questão. O grande problema de Minas é financeiro. Temos de convergir para um entendimento. Nossos números estão abertos. Se os técnicos quiserem vir acompanhar os números, as contas estão totalmente abertas. O que queremos é a solução, disse.

Após apresentação de números pelo secretário estadual de Fazenda, Gustavo Barbosa, Zema admitiu que espera um mês de maio pior do que o de abril, em função da queda de receitas. O governador disse aguardar a ajuda do governo federal, mas alertou que o dinheiro não irá equacionar as contas.

"Se em abril a situação foi grave, em maio será ainda mais grave. A perda tributária foi maior. Esperamos que a ajuda do governo federal chegue este mês. Mas é apenas uma parte. Não vai equacionar o problema."

Em seguida, Zema desabafou sobre as obrigações previstas em lei, como o repasse de verbas aos poderes e para o pagamento do funcionalismo público estadual. De acordo com o governador, seria melhor se as leis resolvessem os problemas financeiros do estado.

"Não haverá recursos para nós pagarmos, integralmente, a folha do funcionalismo do executivo e repasse aos poderes. A lei me manda fazer as duas coisas, mas se ela resolvesse o problema de caixa, ficaria satisfeito", concluiu.



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