Agência Minas
Nesta quinta-feira (28/5), o secretário de Estado de Saúde de Minas Gerais, Carlos Eduardo Amaral, e o secretário adjunto de Desenvolvimento Econômico, Fernando Passalio, informaram que o pico da pandemia de covid-19 no estado foi adiado para 19 de julho. Em entrevista coletiva on-line, eles fizeram uma nova análise da situação e responderam a perguntas feitas pela imprensa.
Carlos Eduardo Amaral destacou a evolução das curvas epidemiológicas desde o início da pandemia | Alexandre Scotti |
“Completaremos um mês de Minas Consciente esta semana. Neste período, 87 municípios aderiram ao programa, com cidades nas ondas verde, branca e amarela. É importante destacar que não se trata de uma flexibilização, mas, sim, uma convivência harmônica com o isolamento, que deve ser mantido e aliado às demais medidas de prevenção”, avaliou Passalio.
Carlos Eduardo Amaral destacou a evolução das curvas epidemiológicas acompanhadas pela Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG) desde o início da pandemia. “Em um primeiro momento, a previsão que tínhamos em relação à Minas Gerais era de um número muito elevado de acometidos pela doença, seguindo uma tendência nacional. Com o passar do tempo e com o isolamento social já em andamento, percebemos que esta quantidade foi diminuindo, demonstrando a eficiência do distanciamento”, afirmou.
A evolução da pandemia em Minas possibilitou que as projeções passassem a ser feitas tendo como tendência o próprio estado e não mais todo o território nacional, como explicou o secretário de Saúde. “Atualmente, a previsão é que o pico ocorra dia 19 de julho. Esse constante adiamento da data de maior estresse assistencial está diretamente relacionado à manutenção do isolamento social, do uso de máscaras e de todas as demais orientações”, pontuou Amaral.
Questionado sobre o possível endurecimento das recomendações de prevenção, o secretário explicou que a pasta busca a manutenção de um isolamento adequado, de modo que haja um número controlado de casos da covid-19. “Caso haja um aumento desenfreado de casos, a primeira coisa que iremos fazer é retroceder com as ondas e voltar ao isolamento inicial que tínhamos”, disse. “Neste momento, a recomendação é que todos os municípios tenham uma aderência ao Minas Consciente para que tenhamos o melhor cenário possível”, frisou.
Aumento de casos
O secretário ainda detalhou os padrões que a pandemia pode adotar, sendo possível dobrar o número de casos de um dia para o outro. No entanto, atualmente, para que isso ocorra em Minas têm sido necessários de 12 a 14 dias. “Quanto mais rápido houver a dobra de casos, mais estresse no sistema de saúde ocorrerá. Assim, de certa forma, estamos em um patamar mais equilibrado. Esse dado está diretamente ligado com a manutenção do distanciamento social e das recomendações. Caso haja uma mudança na postura da população, a situação pode mudar e retroceder”, explicou.
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