Em contato feita na manhã dessa sexta-feira (3), chefe do executivo mineiro diz ter cobrado mais apoio ao Estado no combate à doença
Por Bruno Menezes | O Tempo
O governador de Minas Gerais Romeu Zema (Novo) afirmou na manhã dessa sexta-feira (3), por meio das redes sociais, que pediu ao presidente Jair Bolsonaro, em conversa por telefone, mais apoio do Governo Federal para o combate ao coronavírus no Estado. Zema destacou que as medidas já anunciadas por Bolsonaro, principalmente no que se refere à manutenção dos empregos são importantes, mas que Minas ainda precisa de assistência para garantir o funcionamento do Estado.
O governador de Minas Gerais Romeu Zema (Novo) afirmou na manhã dessa sexta-feira (3), por meio das redes sociais, que pediu ao presidente Jair Bolsonaro, em conversa por telefone, mais apoio do Governo Federal para o combate ao coronavírus no Estado. Zema destacou que as medidas já anunciadas por Bolsonaro, principalmente no que se refere à manutenção dos empregos são importantes, mas que Minas ainda precisa de assistência para garantir o funcionamento do Estado.
Governador de Minas Gerais Romeu Zema (NOVO-MG) | Divulgação |
"Diante da terrível situação financeira de Minas, telefonei para o presidente Jair Bolsonaro solicitando apoio do governo federal para tirar o Estado desse caos e diminuir os impactos causados pelo coronavírus. Expliquei a ele que as medidas já anunciadas são importantes, especialmente para garantir os empregos, mas que precisamos de assistência para o combate à doença e para garantir o funcionamento do Estado, em apoio aos municípios e à população", disse Zema.
Expliquei a ele que as medidas já anunciadas são importantes, especialmente para garantir os empregos, mas que precisamos de assistência para o combate à doença e para garantir o funcionamento do Estado, em apoio aos municípios e à população.
Na publicação, Zema não afirmou se Bolsonaro deu qualquer sinal de que irá atender ao pedido de Minas. Nessa quinta-feira (2) Zema participou de uma reunião por videoconferência com os governadores que integram o Consórcio de Integração Sul e Sudeste (Cosud). O objetivo foi aprovar uma carta a ser enviada ao governo federal para pedir que a União adote medidas para evitar o colapso econômico dos Estados.
Durante a reunião o governador de Minas destacou que a economia mineira já estava fragilizada, devido ao rombo econômico deixado pelas gestões passadas, e que a queda de arrecadação provocada pela crise do coronavírus deve agravar ainda mais o cenário.
"A nossa situação em Minas é dramática. Já sentimos uma queda expressiva de arrecadação nos últimos dez dias. Somente com o fechamento parcial da Refinaria Gabriel Passos, da Petrobras, em Betim, teremos uma frustração de receita de R$ 3,5 bilhões ao ano. E este é apenas um contribuinte, imagine se somarmos todos os outros que estão paralisando. Nossos levantamentos já indicam uma queda de 30% de documentos fiscais emitidos diariamente", afirmou.
A carta enviada pelos governadores destaca que "os Estados e Municípios não possuem meios de compensar quedas disruptivas em suas arrecadações, dado o desenho federativo que concentra no governo federal as políticas monetária, creditícia e de dívida pública", tornando imprescindível o repasse de recursos emergenciais pela União.
Os governadores pedem ainda que a suspensão do pagamento da dívida com a União por 12 meses, om retorno progressivo, e suspensão dos pagamentos mensais do Pasep ou sua quitação por meio do gasto local em ações de Saúde e Assistência Social.
Além de Zema, a carta é assinada pelos governadores do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite; de Santa Catarina, Carlos Moisés da Silva; do Paraná, Carlos Massa Ratinho Júnior; de São Paulo, João Doria; do Rio de Janeiro, Wilson Witzel; e do Espírito Santo, José Renato Casagrande.
Sem indisposição
Com o objetivo de não se indispor com o presidente Jair Bolsonaro, o governador de Minas, Romeu Zema, não assinou a carta formulada pelo Fórum de Governadores no dia 26 de março, que estava endereçada ao chefe do executivo federal. Além dele, apenas o governador de Rondônia, coronel Marcos Rocha não assinaram o documento, que contou com o apoio te todos os outros governadores.
A mensagem foi formulada após os apelos de Bolsonaro para que os comércios voltassem a funcionar e ataques aos governadores que teriam decretado isolamento social. Na oportunidade, Bolsonaro também classificou a covid-19 como um "resfriadinho" e uma "gripezinha".
No texto os chefes os governadores ressaltaram que a decisão prioritária é a de cuidar da vida das pessoas, mas sem esquecer a responsabilidade de administrar a economia, sendo que os dois compromissos não são excludentes.
A decisão causou desconforto na relação com outros governadores, apesar disso o governador mineiro justificou que não assinou a carta porque acredita que seria um momento de todos os gestores públicos se unirem para o combate à pandemia.
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