Galpão do Centro Mineiro de Referência de Resíduos é cedido para armazenamento dos recicláveis
Agência Minas
Parceria entre a Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) e a sociedade civil organizada, representada por catadores e catadoras de materiais recicláveis, gerou um importante resultado após o Carnaval de Belo Horizonte. Mais de 400 catadores da capital e região metropolitana foram apoiados pela Semad para destinar corretamente 45 toneladas de resíduos gerados pelos foliões que circularam por mais de 450 blocos nas ruas e avenidas.
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A parceria permitiu que a produção dos catadores fosse destinada à reciclagem final com apoio fundamental do Centro Mineiro de Referência em Resíduos (CMRR), gerenciado pela Semad, por meio da Subsecretaria de Gestão Ambiental e Saneamento (Suges). A unidade garantiu com seu pátio externo a logística de estocagem do material, que será destinado a uma fábrica de latas e também à produção de lixeiras públicas para Belo Horizonte.
O CMRR é voltado para o desenvolvimento de ações que estimulem o consumo consciente, o combate ao desperdício e o incentivo à reciclagem e à reutilização.
Os catadores recolheram os materiais deixados pelo foliões, após a passagem dos blocos, e os encaminharam para cinco centrais espalhadas nas zonas de maior movimento, onde o material já era pesado e contabilizado para pagamento. Dessas centrais, os recicláveis foram para cooperativas para serem colocados em fardos e eram levados para estocagem no CMRR, de onde já estão sendo encaminhados ao destino final.
Mobilizados pela Associação Nacional dos Catadores e Catadoras de Materiais Recicláveis (Ancat), 405 profissionais atuaram na catação de latas, plásticos e papelões. O balanço final do trabalho – que foi feito entre o fim de semana de 15 e 16 de fevereiro e os dias de Carnaval - aponta para 10,6 toneladas de alumínio, 28,1 toneladas de plástico e 6,5 toneladas de papelão, o que totaliza 45,3 toneladas.
Para um dos coordenadores da Ancat, Luiz Henrique da Silva, que é catador associado à Associação dos Catadores de Papel, Papelão e Material Reaproveitável (Asmare), o uso do CMRR para estocagem do material final foi decisivo para garantir a logística da operação, que ficaria prejudicada se não houvesse espaço para receber toda a produção. "As cooperativas são distantes e já possuem suas atividades do dia, sem condições de armazenar, então essa logística foi decisiva para o sucesso da operação", diz ele.
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