Medida é uma das adotadas pelo estado para combater a pandemia.
Por Cíntia Paes | TV Globo — Belo Horizonte
O governador do estado de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), anunciou nesta terça-feira (31), que pediu ajuda ao Exército Brasileiro para desinfecção de estações de grande circulação de pessoas para o combate do novo coronavírus.
O governador do estado de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), anunciou nesta terça-feira (31), que pediu ajuda ao Exército Brasileiro para desinfecção de estações de grande circulação de pessoas para o combate do novo coronavírus.
Governador Romeu Zema (Novo) (à dir) fala sobre medidas do estado para combater o novo coronavírus — Foto: Herbert Cabral/TV Globo |
A medida é divulgada um dia após o ministro da Justiça, Sérgio Moro, anunciar a disponibilização do Exército para os estados combaterem a pandemia.
"Anuncio que solicitei o apoio do Exército Brasileiro no combate ao coronavírus. A proposta é que os militares promovam a desinfecção das estações de grande aglomeração, capacitando as defesas civis municipais, contando ainda com o apoio dos bombeiros e da Defesa Civil estadual", disse o governador.
Romeu Zema ainda disse que a previsão de queda na arrecadação do estado durante a crise causada pelo coronavírus está prevista em R$ 7,5 bilhões. O estado já se encontrava em crise fiscal grave antes da pandemia, com déficit aprovado pela Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) de R$ 13,29 bilhões.
As informações foram divulgadas em entrevista coletiva virtual, na tarde desta terça-feira (31). No início do pronunciamento, o governador lamentou as duas mortes por Covid-19 confirmadas no estado e se disse solidário às famílias destas vítimas.
Sobre a velocidade da confirmação da segunda morte pelo coronavírus, o subsecretário de Vigilância em Saúde, Dario Ramalho, disse que como o paciente morreu em um hospital particular, a confirmação e comunicação é feita de forma mais rápida do que no sistema público. O Hospital Semper, no fim da tarde desta terça-feira (31), confirmou a morte do paciente.
O secretário adjunto de Saúde, Marcelo Cabral, disse que o isolamento social, por enquanto, deve ser mantido.
Queda nas internações do SUS
Zema ainda anunciou que houve queda no número de internações no Sistema Único de Saúde (SUS) em Minas no últimos cindo dias, uma semana após o governo anunciar as medidas de isolamento social.
"Isso mostra que estamos no caminho certo. Mostra que acertamos a medida e que precisamos manter esta direção. Talvez tenhamos ganho a primeira batalha, mas ainda temos uma guerra grande pela frente", disse.
O governador ainda considerou que as medidas estaduais se mostraram mais, proporcionalmente, mais assertivas do que outros estados, sem citar nenhum para comparação.
Indenização após Brumadinho
Uma parte dos recursos que será usada no combate ao coronavírus vem a antecipação dos recursos que devem ser pagos pela mineradora Vale após o rompimento da barragem em Brumadinho, em 25 de janeiro de 2018.
"Teremos, em breve, um reforço de R$ 500 milhões para prosseguirmos com as ações de suporte à saúde. Esse dinheiro é uma antecipação da indenização devida pela vale, oriunda de um bloqueio judicial em que as ações que o estado move contra a mineradora pelo rompimento da barragem de Brumadinho. Já solicitamos o recurso, e a empresa concordou. Resta agora, apenas, a liberação judicial", disse.
Sobre os milhões de testes liberados pela Vale ao Ministério da Saúde, o subsecretário de Vigilância em Saúde, Dario Ramalho, disse que há a expectativa de que 10% destes testes rápidos sejam enviados para Minas Gerais. Ramalho ressaltou, no entanto, que esses testes sorológicos não são muito adequados para o primeiro diagnóstico da doença, sendo que o exame de biologia molecular, realizado pela Funed, é o mais seguro para o paciente sintomático.
Capacidade da Funed
Romeu Zema voltou a falar sobre a previsão de dobrar a capacidade de realização de testes pela Fundação Ezequiel Dias (Funed), único laboratório público que atende ao estado durante a pandemia. A previsão é que a Funed passe de 200 exames/dia para 1,8 mil exames/dia.
Testes a chegar
Questionado sobre se os 40 mil testes que devem ser enviados ao estado não poderiam ser usados nos mais de 34 mil casos suspeitos, Dario Ramalho informou que o processo não é automático assim. Esses testes rápidos, sorológicos, devem ser usados em profissionais da saúde para aumentar a força de trabalho no tratamento da doença. Os casos suspeitos em estado grave ou que evoluírem a óbito devem ser priorizados neste momento.
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