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quarta-feira, 22 de janeiro de 2020

Hospital da Unimontes, em Minas Gerais, adquire dois aparelhos de identificação imediata de icterícia

Tecnologia é indolor e agiliza o tratamento em bebês ao disponibilizar dados para diagnóstico


Agência Minas

O Hospital Universitário Clemente de Faria (HUCF), da Unimontes, passa a contar com um método mais moderno e preciso na identificação e controle da icterícia em recém-nascidos. A doença é conhecida popularmente como “amarelão”, por causa do tom que a pele fica, quando afetada por ela. A unidade investiu cerca de R$ 80 mil para adquirir dois bilirrubinômetros, nome do aparelho cuja função é medir a bilirrubina – substância responsável pela coloração.

Aparelhos custaram cerca de R$ 80 mil - Divulgação / Unimontes

O aparelho garante a medição ótica de forma digital, pelo contato direto com a pele da criança. Desta maneira, o tratamento é acelerado substancialmente, já que os dados são disponibilizados imediatamente e sem dores. Até então, seria necessário utilizar um método considerado mais invasivo, a coleta de sangue, que também envolve espera pelo resultado da amostra, o que aumenta o tempo de tomada de decisão para o tratamento adequado.

O investimento permite à equipe da Pediatria do HUCF otimizar este tipo de assistência aos pequenos pacientes. “Com a aquisição desses dois novos aparelhos, conseguiremos a indicação rápida da fototerapia, que é o tratamento necessário para a icterícia neonatal”, explica a médica Isabela Angeli de Freitas Soares, da equipe de pediatras do Hospital Universitário.

O médico e diretor assistencial do HUCF, José Alfreu Soares Júnior, destaca a importância da aquisição para humanizar a assistência. “Isto reduzirá a necessidade de a criança ser exposta às coletas de sangue dolorosas e, para o médico, oferece a possibilidade de fazer várias medições, caso preciso, reduzindo o tempo para decisões”. A aquisição do bilirrubinômetro é fruto de um projeto idealizado pelo pediatra neonatologista Maurício Marcelo Costa.

Icterícia

A bilirrubina é uma substância amarelada encontrada na bílis, que permanece no plasma sanguíneo até ser eliminada pela urina. Quanto mais amarelo fica o tom da urina, mais bilirrubina a criança está eliminando. O excesso de bilirrubina (hiperbilirrubinemia) pode indicar problemas no fígado, baço, rins ou vesícula biliar.

O método mais comum para determinar a hiperbilirrubinemia em crianças continua sendo a coleta de sangue, que traz risco de infecção e até mesmo de lesão da pele neonatal.

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