Governador disse que Controladoria Geral do Estado era amordaçada, no governo de Pimentel (PT)
Diário do Poder
O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo) destacou resultados alcançados no combate à corrupção, durante seu primeiro ano de governo, entre eles o aumento de 147%, no número de desligamentos e demissões ligados a atos de corrupção, em relação a 2018. As declarações foram dadas na Cidade Administrativa, em Belo Horizonte, durante seminário sobre o Dia Internacional de Combate à Corrupção.
Governador de Minas Gerais Romeu Zema (NOVO-MG) | Foto: Marco Evangelista / Imprensa MG |
Romeu Zema explicou que as perdas de cargos foram resultado do trabalho da Controladoria-Geral do Estado (CGE), que, segundo o governador, atuava “amordaçada”, no governo de Fernando Pimentel (PT).
“A controladoria já mostrou para que veio. Segundo o Rodrigo Fontenelle (controlador-geral), no último governo, a CGE trabalhou de forma amordaçada. Podia agir em determinadas áreas, mas em outras, não. Isso desvirtua completamente a finalidade dela”, afirmou Romeu Zema.
O governador mineiro defendeu que a agilidade é fundamental para se combater a corrupção, ao defender que esta seja uma das pautas centrais dos legisladores.
“Quando se demora muito, cria-se a noção de que o sistema não funciona adequadamente. Dos grandes problemas que nós temos é a quantidade de leis que tornam esse processo moroso e a punição daqui a alguns anos. Durante todo esse tempo, quem cometeu o delito continua livre, leve e solto para continuar atuando. Então, penas céleres é algo fundamental para que nós venhamos a fazer algum avanço”, concluiu o governador mineiro.
Romeu Zema citou ainda que a escolha do seu secretariado se deu por meritocracia e independência dos órgãos investigadores sem qualquer interferência política. E o controlador-geral do Estado, Rodrigo Fontenelle, citou a campanha pela promoção da integridade na administração pública, para fazer uma reflexão dentro do serviço público sobre a integridade, a ética e a transparência em todos os níveis, tanto individual quanto institucionalmente.
“É preciso promover o combate à corrupção. Para isso, é fundamental promover a integridade, como forma de prevenção. Estamos com esse trabalho na Cidade Administrativa”, pontuou Fontenelle.
Em julho, o governador Romeu Zema divulgou que a CGE identificou que municípios e entidades não prestaram contas de R$ 1,3 bilhão em recursos transferidos pelo governo de Minas Gerais. O que seria o diagnóstico da herança do governo de Fernando Pimentel (PT).
Corrupção gera descrédito
O encontro sobre combate à corrupção foi organizado pela Ação Integrada da Rede de Controle e Combate à Corrupção de Minas Gerais (ARCCO-MG). E teve a participação da ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF).
A ex-presidente do STF destacou que, além de tirar recursos de áreas essenciais para a população, como Educação, Saúde e Segurança Pública, a corrupção faz as pessoas desacreditarem nas instituições.
“Hoje eu canso de andar por aí e as pessoas dizem que não confiam em nós servidores públicos, nas instituições, o que é péssimo. Não há possibilidade de termos democracia sustentável e segura se não houver o comprometimento e a responsabilidade do combate à corrupção”, ressaltou a ministra Cármen Lúcia. (Com informações da Agência Minas)
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