Antes de elevar imposto, governo deveria reduzir seus gastos, diz Amoêdo

O primeiro ano do governo Bolsonaro se aproxima do fim mantendo o respeito do empresariado pela equipe econômica. 

Com Filipe Oliveira e Mariana Grazini | Painel S.A. - Folha de S.Paulo

Mas na opinião de João Amoêdo, fundador do partido Novo, preferido do mercado na eleição de 2018, as reformas administrativa e tributária e as privatizações poderiam ter sido aceleradas. Amoêdo diz que Paulo Guedes derrapou ao falar em AI-5 e recomenda a prática de citar fontes de dados divulgadas em redes sociais para dar noção de estabilidade.

João Amoêdo | Divulgação

Foco 

Questionado pela coluna se ele considera adequadas as propostas para tornar mais progressivo o Imposto de Renda, como subir a alíquota máxima de 27,5% para 35%, Amoêdo diz que, antes de elevar a carga tributária, o governo deveria fazer reforma administrativa e simplificação.

Peso 

“A nossa carga tributária já é muito elevada. Acho que a população espera de fato uma redução dos custos do governo. São 153 dias por ano trabalhando só para pagar imposto”, afirma.

Derrapada 

Ele considera o AI-5 de Paulo Guedes um erro. “Infelizmente, Bolsonaro, particularmente, nunca foi acostumado às instituições. Então, tem um ataque constante a elas”, afirma.

Tuiteiro 

Amoêdo também surfa a onda das redes sociais para manifestar opiniões do partido. Mas criou o hábito de indicar a fonte dos dados. Segundo ele, isso dá credibilidade, passa coerência e mostra que as posições não mudam conforme o cenário. 

Prosa

“Não gosto muito do que fazem o governo Bolsonaro e os filhos dele, de testar limites. Fala algo, vê a reação, volta atrás. Se tiver aceitação, avança um pouco mais. Está ficando claro que a estratégia não é o que se espera”

João Amoêdo

Fundador do Partido Novo

Polo Laranja (Masculina)