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quarta-feira, 13 de novembro de 2019

Governo de Minas apresenta estudo de bacias hidrográficas e uso de solo na Serra da Piedade

Informações reunidas com metodologia de zoneamento ambiental produtivo vão direcionar políticas e ações preventivas de fiscalização na região


Agência Minas

Equilibrar a necessidade de preservação ambiental com a demanda de atividades econômicas. Com este objetivo, o Governo de Minas Gerais, por meio da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) e da Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), apresenta os resultados do Zoneamento Ambiental Produtivo (ZAP) da Serra Piedade.

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O estudo mapeou 1.046 nascentes dentro do Monumento Natural Estadual Serra da Piedade | Acervo Setur-MG / Xará

O estudo foi realizado em parceria com a Emater-MG e a Arquidiocese de Belo Horizonte, a partir da celebração de um acordo, em março deste ano. Nesta ação, o ZAP foi produzido a partir de imagens de satélites, análise das bases cartográficas do Sistema Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Sisema) e trabalhos de campo. Os detalhes do trabalho foram apresentados à direção do Santuário Nossa Senhora da Piedade, representantes da Copasa, da prefeitura de Caeté e moradores da região. 

O estudo mapeou 1.046 nascentes dentro do Monumento Natural Estadual Serra da Piedade, partindo de uma correção hidrográfica do espaço. As nascentes estão nas sub-bacias dos rios Taquaraçu, Poderoso Vermelho e dos ribeirões Caeté-Sabará. Todos os mananciais estão no perímetro da Bacia Hidrográfica do Rio das Velhas.

O ZAP apontou, ainda, que há 2.1 mil trechos de hidrografia com metodologia específica junto ao Instituto Mineiro de Gestão das Águas (Igam), dos quais 52 apresentam demanda de uso de água maior que a vazão outorgável. Outros quatro trechos estão em estado de atenção por apresentarem demanda de vazão 50% maior que o desejável.

O diagnóstico ainda mostrou que 54% do território na Serra da Piedade é composto por vegetação densa e que há 6.330 Áreas de Preservação Permanente Hídricas.

Na solenidade dessa terça-feira (12/11), representando o secretário de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, Germano Vieira, o secretário executivo da Semad, Hidelbrando Neto, valorizou a produção do ZAP. O documento, segundo ele, será um norte para ações de preservação na Serra da Piedade. “Um estudo importantíssimo. Com base nessas informações prévias, o Governo do Estado consegue dimensionar melhor, as políticas e ações preventivas de fiscalização na região”, disse.

Assessor especial da Seapa, Luciano Baião Vieira representou a secretária de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Ana Valentini. Na oportunidade, ele exaltou a importância do ZAP para a conservação de bacias hidrográficas e áreas de reserva natural em Minas.

“O ZAP é uma metodologia desenvolvida pelo Governo do Estado com a utilização de dados secundários gratuitos, que nos fornece informações sobre ocupação de solo, disponibilidade hídrica e unidades de paisagem para dar uma ideia precisa sobre a situação das bacias hidrográficas. No caso da Serra da Piedade, nos foi solicitada pelo Santuário e pela Agência de Desenvolvimento Integrado (Aderi), a necessidade de preservação ambiental”, explicou.

Coordenador da Aderi, órgão da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC Minas), Miguel Andrade elogiou os resultados obtidos. Ele defende que mais trabalhos sejam realizados para preservar a Serra com base no ZAP. “São 252 anos como referência histórica, cultural, ambiental, espiritual. É um desafio de criar um modelo de desenvolvimento que respeite essas atribuições, os serviços ambientais e culturais que o santuário oferece. O ZAP abre essa proposta para que a gente construa esses planos de adequação visando sempre a preservação e melhoria territorial”, afirmou.

A análise completa do ZAP estará disponível em até 30 dias no site da Semad. O projeto foi apresentado e aprovado pelo governador de Minas, Romeu Zema.

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