A distrital Júlia Lucy (Novo) protocolou representação no Tribunal de Contas do DF para que haja investigação
Lilian Tahan e Bruna Lima | Metrópoles
A aquisição de 1,3 mil cadeiras pelo Hospital de Base do DF (HBDF) é alvo de investigação feita pela Câmara Legislativa. Após receber denúncia, a distrital Júlia Lucy (Novo) verificou indícios de sobrepreço, com compras, de acordo com a apuração, até três vezes acima da média de mercado.
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A distrital protocolou representação solicitando ao Tribunal de Contas do Distrito Federal (TCDF) que apure o caso. “As notas fiscais não estavam disponíveis no Portal da Transparência, mesmo sendo documento público e obrigatório. Solicitamos à gestão que apresentasse os comprovantes e não obtivemos o material”, afirma a parlamentar.
Apenas o valor total das compras e a quantidade de materiais adquiridos foram divulgados. Por 1 mil cadeiras tipo longarina, foi pago R$ 1,6 milhão, o que significa R$ 1,66 mil por cada. De acordo com levantamentos do gabinete da distrital, uma unidade do móvel tem valor de mercado entre R$ 570 e R$ 820. Nesse cálculo, para comprar a mesma quantidade, o hospital gastou entre 102% e 191% a mais do que o necessário.
Possível superfaturamento na compra de 300 cadeiras de banho tem índices ainda maiores, aponta a deputada: variação de 125% a 203%. O gasto total foi de R$ 182 mil, enquanto o valor estimado deveria girar em torno de R$ 60 mil e R$ 81 mil.
Procurado pela coluna antes da publicação da matéria, o Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (Iges-DF), responsável pelo Hospital de Base, informou que não foi notificado oficialmente sobre a representação e não se manifestaria.
Após a publicação, o Iges-DF enviou nota contestando a compra de mil cadeiras tipo longarina: “A parlamentar está equivocada e lamentamos que ela tenha divulgado informações que não são verdadeiras”.
Informou ainda que o custo das cadeiras de banho é alto em função da qualidade do material. De acordo com a nota, a lista das compras do instituto está disponível no site da instituição, mas não é obrigatória a publicação de notas fiscais.
Polo Branca (Feminina) |
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