Patinetes e bicicletas fazem parte de um setor relativamente novo do transporte urbano: a micromobilidade.
O segmento traz soluções para quem precisa se deslocar em trechos de 500 metros a 1 quilômetro de forma rápida e prática, sem ter que esperar o ônibus chegar no ponto, um táxi aparecer ou o carro do aplicativo alcançar o destino combinado.
Deputado Estadual Alexandre Freitas (NOVO-RJ) de patinete |
Assim como qualquer avanço tecnológico, o uso das patinetes (isso mesmo, é um substantivo feminino!) na micromobilidade está passando por um período adaptativo, onde alguns problemas aparecem, como ocorre com qualquer outra forma de inovação disruptiva.
Frente a este cenário de conflito, o Estado acredita que somente através das leis é possível resolver embates e proteger os cidadãos. Nas normas criadas costumam aparecer, aos montes, burocracias, obrigações e sanções. Quando essas legislações entram em vigor, o empreendedor não enxerga mais incentivos para aprimorar a tecnologia a fim de se adaptar ao dia a dia das pessoas. O efeito prático costuma ser justamente o contrário da intenção do Poder Público: ao invés de tornar viável uma inovação tecnológica, repele-se as empresas que estão dispostas a trazer avanços.
O Estado, tentando resolver um problema através de leis, funciona mais ou menos como alguém preso na areia movediça – quanto mais se move, mais afunda; E como já dizia Milton Friedman: “A solução do governo para um problema, é usualmente tão ruim quanto o problema”.
Ao contrário do ineficiente Poder Público, a iniciativa privada consegue, de fato, resolver problemas. As empresas que conseguem trazer as melhores soluções, são as que vão prosperar no setor. Isso é empreender: solucionar problemas – alguns que as pessoas nem sabem que têm.
Há poucos meses, o Rio de Janeiro foi palco de um festival regulatório contra um veículo de micromobilidade específico. Entre as exigências legais, havia capacete, seguro de vida e até CNH para as – velozes, furiosas e incrivelmente perigosas – patinetes. Além de afastar investidores, tratar os usuários como incapazes e desestimular empresas a resolver o problema, as obrigações não trouxeram soluções eficientes. Quando o assunto são as patinetes, o Estado só atrapalha.
A empresa Segway-Ninebot apresentou um projeto que resolve a maioria desses problemas, de forma que a mobilidade urbana, a evolução tecnológica da sociedade e a liberdade não seja afetada.
O protótipo é um patinete inteligente que retorna sozinho para a sua estação de carregamento, a uma velocidade de caminhada e vem equipado com câmeras, sensores de movimento e outros dispositivos, que fazem com que a patinete pare, caso tenha alguma pessoa próxima.
A inovação tomou uma proporção tão grande que as gigantes Uber e Lyft se interessaram em uma parceria para expandir suas atividades para o setor das patinetes elétricas inteligentes. É esperado que, em 2020, este meio de transporte inteligente esteja nas ruas dos Estados Unidos e da Europa, locais que abraçaram a ideia como solução de micromobilidade urbana.
A Segway-Ninebot, nasceu da fusão da norte-americana Segway com a chinesa Ninebot. Seu diretor, Gao Lufeng, está otimista quanto ao segmento: “Eu acredito que as patinetes vão substituir as bicicletas como solução primária para a micromobilidade” ele disse. “É da natureza humana economizar energia enquanto viaja”.
Enquanto nos preocupamos em exigir CNH, capacete, seguro de vida das empresas de patinetes, os empreendedores norte-americanos e chineses se preocupam em pôr inteligência artificial conectada à nuvem.
É… nosso mindset está MUITO atrasado.
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