Eleito por Minas Gerais pelo Partido NOVO, Lucas Gonzalez justificou-se nas redes sociais afirmando que seu gabinete precisava de 'adaptações' e que falta transparência sobre destino dos recursos renunciados
Boletim da Liberdade
O deputado federal Lucas Gonzalez (NOVO/MG) está sendo criticado nas redes sociais por não ter devolvido à Câmara o “auxílio-mudança”, verba indenizatória disponibilizada para os parlamentares realizarem suas mudanças em Brasília. Ele foi o único congressista do NOVO a não recusar o dinheiro.
Deputado Federal Lucas Gonzalez (NOVO/MG) |
Totalizada em pouco mais de R$ 33 mil, a importância havia sido alvo de questionamentos na Justiça, mas acabou liberada. Após críticas de internautas, Gonzalez defendeu-se nas redes sociais nesta sexta-feira (1º).
“Não abri mão do auxílio pelo seguinte questionamento: o dinheiro economizado vai pra onde? A Câmara não esclareceu e por isso optei por receber o valor e eu mesmo fazer a gestão deste recurso, [que] será usado para adaptações necessárias no gabinete (muito antigo) e o saldo [restante] será doado para projetos sociais em MG”, disse, sem especificar.
O parlamentar prometeu ainda que pretende fazer um mandato baseado na austeridade e que pretende economizar pelo menos R$ 750 mil ao ano com o corte de despesas. A resposta, contudo, não convenceu parte de seus seguidores e entusiastas do partido.
“Essa desculpinha pode até fazer sentido para alguns… Mas não condiz com todo o discurso de campanha… Você poderia ter consultado seus eleitores antes de tomar tal atitude”, afirmou um seguidor no Facebook. Houve também quem recomendasse que Gonzalez utilizasse o próprio patrimônio para fazer a reforma no gabinete ou que salientasse que o privilégio em si seria imoral.
Além dos demais parlamentares do NOVO que recusaram o auxílio-mudança, alguns nomes ligados aos movimentos de rua também foram pelo mesmo caminho. Entre eles, Kim Kataguiri (DEM/SP), Bia Kicis (PSL/DF) e Joice Hasselmann (PSL/SP).
Na campanha de 2018, o então candidato Lucas Gonzalez declarou à Justiça Eleitoral um patrimônio superior a R$ 21 milhões.
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