Pular para o conteúdo principal

Pelo fim da proibição dos canudos!

Tudo tranquilo? Fui o único voto contrário à proibição dos canudos no Rio em 2018. Agora propus o PL 1153/2019, que revoga a proibição dos canudos. No artigo abaixo, mostro os efeitos negativos da proibição para o meio ambiente, para os cidadãos e para o comércio no Rio. Acompanhe e, se apoiar, COMPARTILHE entre seus amigos para impulsionar essa ideia. 


Leandro Lyra | Vereador no Rio de Janeiro 

[PL Nº 1153/2019] Fui o único voto contrário à proibição dos canudos plásticos no Rio em 2018. Entendo que o projeto e seus apoiadores tiveram boas intenções. Contudo, ao analisarmos uma lei, devemos encarar seus reais resultados e não apenas suas intenções.


A proibição dos canudos plásticos aumentou o uso de copos plásticos para bebidas, de colheres plásticas para milk-shakes e de vários outros utensílios de materiais tão ou mais danosos ao meio-ambiente. É fundamental lembrar que o plástico, por ser material mais inerte e duradouro, possui menor risco de dissolução de substâncias usadas em sua confecção, ao contrário, por exemplo, de seus substitutos de papel que trazem consigo cola, tinta e soda cáustica diretamente lançadas no meio-ambiente em virtude de sua dissolução.

Além dos maiores riscos expostos ao meio ambiente, a proibição sobrecarregou o já combalido comércio carioca, que agora precisa pagar mais caro por canudos de papel, muitas vezes de qualidade duvidosa e em quantidade insuficiente, repassando esse aumento aos seus consumidores. A proibição também criou um mercado informal para suprir a demanda (que persiste, apesar da caneta estatal), além de uma malfadada indústria da multa que afeta comerciantes, barraqueiros, quiosqueiros etc. E aqui chamo a atenção para um ponto fundamental: fora das áreas mais ricas da cidade, a substituição do canudo de plástico por canudo de papel, de inox ou de bambu é, muitas vezes, inviável. Dessa forma, muitas pessoas foram, na prática, tolhidas do seu uso, inclusive idosos e portadores de deficiências que necessitavam deles de forma imprescindível.

De lá para cá, tenho recebido muitas demandas de cidadãos e comerciantes pleiteando a reversão da proibição. Após muitas análises, a conclusão é de que a proibição em vigor, além de não resolver o problema do meio ambiente, cria uma série de efeitos negativos. Assim, propus o PL nº 1153/2019, que revoga a proibição de canudos. O caminho está na educação, na reciclagem e no reaproveitamento dos resíduos plásticos, e não no seu banimento. Estou completamente aberto para discutir soluções efetivas com ambientalistas e empreendedores da área. Um ponto central dessa discussão, comumente deixado ao largo, são as barreiras de entrada e os monopólios existentes no mercado de resíduos sólidos.

VISEIRA NOVO LARANJA

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Daniel José: o que eu fiz pela Educação na ALESP

Em 2019 tive a oportunidade de fazer muito pela educação: Participei da CPI das Universidades, da Comissão de Educação e Cultura também faço parte do Conselho Consultivo da USP. Além disso, protocolei o Projeto de Lei ICMS educacional. Daniel José | Deputado Estadual (NOVO-SP) 2020 será um ano de muitas mudanças positivas para a educação de São Paulo e sinto-me honrado em fazer parte disso. Vamos com tudo! Polo Azul (Masculina)

Deputado quer fazer ‘revogaço’ de leis e burocracia na Assembleia Legislativa de São Paulo (VIDEO)

Você sabia que há uma lei em vigor no Estado de São Paulo, que isenta da cobrança de frete ferroviário o transporte de pombos-correio? Por Fernando Henrique Martins | Gazeta do Povo Parece piada, mas não é. Trata-se da Lei n.º 943 de 1951 , proposta pelo então deputado Antônio Sylvio Cunha Bueno, aprovada por seus pares, e sancionada pelo governador Adhemar de Barros. Deputado Estadual Ricardo Mellão (NOVO-SP) | Reprodução Assim como essa, tantas outras leis sem qualquer utilização prática ou relevância atravancam o sistema de cidades, estados e do País. É exatamente esse o ponto que o deputado estadual Ricardo Mellão (Novo) pretende atacar em sua legislatura. “Temos feito um trabalho que inicia na desburocratização legislativa. Minha equipe levantou 15 mil lei e descobrimos que 73% delas dizem respeito a denominações de viadutos, estradas, além de datas comemorativas, como Dia do Saci, Dia do Tomate. Só sobre o Dia da Uva temos três datas diferentes”, explica o parlame

Bancada do NOVO na ALERJ defende reforma tributária do estado

Com apenas 2 deputados estaduais, Chico Bulhões e Alexandre Feitas, o NOVO defende que o estado do Rio de Janeiro passe por uma reforma tributária, além da privatização da CEDAE. Por Quintino Gomes Freire | Diário do Rio Em discurso ontem, 5ª (14/3), o líder do partido, Bulhões, disse “Precisamos fazer estudos para entender onde estão os gargalos, como é que a gente consegue aumentar a competitividade das empresas que querem se instalar no Rio de Janeiro, gerando empregos e renda“. Deputados Estaduais Alexandre Freitas e Chicão Bulhões (NOVO-RJ) Ele elogiou o esforço da Secretaria de Fazenda no combate à sonegação e a corrupção na concessão de incentivos fiscais do estado, mas questionou o foco do governo na ampliação das receitas. Destacando que a crise fiscal também é uma crise de despesas. “Responsabilidade fiscal demanda responsabilidade com despesas. Não é sufocar apenas o contribuinte. É claro que tem que se punir quem está errado, mas também reconhecer que o esta