Por Mara Bianchetti | Diário do Comércio
No oitavo mês de 2021 houve superávit de 43.310 vagas de trabalho em Minas Gerais, o melhor resultado desde fevereiro deste ano, quando foram criadas 50.805 vagas.
Ao todo foram contratados 196.801 profissionais e demitidos outros 153.491 no mês passado. Dessa maneira, Minas Gerais apresentou o segundo maior saldo do mês no País, ficando atrás apenas de São Paulo, cujo superávit chegou a 113.836. Entre os setores, o principal destaque de geração de emprego nas cidades mineiras foi o grupo de serviços.
Com o resultado, Minas apurou superávit de 261.586 postos de trabalho no acumulado deste exercício. Nos oito meses transcorridos foram 1,411 milhão de contratações e 1,150 milhão de desligamentos. O resultado manteve o Estado com o segundo melhor resultado do período no País.
O saldo de agosto foi superior ao registrado no mês imediatamente anterior, quando foram abertas 33.107 vagas. O valor também ficou acima do verificado em agosto do ano passado, quando houve a abertura de 27.417 empregos. Já no acumulado de oito meses de 2020 foi apurado déficit de 77.762 vagas.
Em âmbito nacional, a geração de 372.265 empregos formais em agosto também foi a melhor desde fevereiro deste ano, quando foram abertas 397.537 vagas formais. Em agosto do ano passado, foram criados 242.543 empregos com carteira assinada.
Para a diretora de Monitoramento e Articulação de Oportunidade de Trabalho da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social (Sedese), Amanda Siqueira Carvalho, os dados do Caged mostram um cenário otimista para Minas Gerais. “Foi o oitavo mês seguido de saldo líquido positivo de postos de trabalho.
Além disso, a geração de mais de 200 mil postos de trabalho no acumulado do ano reflete o crescimento econômico do estado, sobretudo nos setores de Serviços e Indústria, responsáveis pelos maiores saldos no período”, afirma.
Professor de economia do Ibmec-MG, Felipe Leroy concorda. Segundo ele, é chegado o momento de recuperação da economia, após as turbulências causadas pela crise imposta pela pandemia.
“Enfim, boas notícias. Estamos com um bom ritmo de vacinação, que é um elemento preponderante para a retomada da economia, e a tendência é a de que os números só melhorem daqui para frente. Setores até então prejudicados, aos poucos, vão sendo liberados e demandados também, como o de turismo e o de show business também“, destaca.
Já em relação à perenidade dos resultados superavitários, Leroy alerta que neste momento não é possível precisar, principalmente, pela instabilidade dos ciclos dos negócios no País, em função de políticas econômicas adotadas no passado e, também, por o próximo exercício contar com eleições.
Em termos de setores, o saldo de empregos do Estado, em agosto, foi puxado pelo grupo de serviços, com a geração de 21.942 postos de trabalho, a partir da admissão de 81.793 profissionais menos o desligamento de outros 59.851. Logo em seguida apareceu a indústria, responsável pelo saldo de 9.534 vagas, advindo da subtração de 34.795 admitidos e 25.261 dispensados.
O comércio contabilizou 7.844 empregos no oitavo mês deste exercício, a construção 4.750 e a agropecuária 760.
Já no acumulado do ano, os serviços puxaram o desempenho com saldo de 94.069, seguido pela indústria: 66.636, comércio 44.402, construção 40.518 e agropecuária 15.961.
Nenhum comentário:
Postar um comentário