Por Gabriela Sales | Diário do Comércio
O presidente do Sindivest-MG, Rogério Márcio Vasconcellos, atribui o crescimento no número de pedidos nas indústrias à flexibilização do comércio e à melhora nas vendas no varejo.
Com a retomada na produção das indústrias, aumentou a busca por mão de obra em Minas | CRÉDITO: ALISSON J. SILVA |
“Os lojistas estão trabalhando sem estoque e estavam com a demanda reprimida. Com o avanço das vendas, o que percebemos no Estado é que há uma crescente nos pedidos e isso está beneficiando o parque fabril em Minas Gerais”, explica Vasconcellos. Com a volta gradual dos eventos, um dos produtos mais procurados do setor são os vestidos para festas, formaturas e casamentos.
O presidente do Sindivest-MG detalha que as empresas aumentaram o ritmo de produção, mas de forma gradativa. “O parque fabril está começando a recuperar a produtividade, assim como o varejo, que estava com a demanda reprimida. Os comerciantes, que estavam com estoques de coleções anteriores, começaram a colocar essas peças em liquidação para a atualização do vestuário”, diz. Isto, segundo ele, acaba chamando a clientela e recuperando a economia do setor.
Com o ritmo mais acelerado na produção, o empresariado começa a procurar mão de obra para o setor. Rogério Vasconcellos esclarece que as indústrias estão em busca de colaboradores para atender a demanda. O sindicato não soube informar o número de vagas abertas, mas garantiu que as empresas estão à procura de empregados que precisaram ser dispensados durante os picos da crise sanitária.
Desafios
Apesar de vários pontos positivos, Vasconcellos avalia que os negócios ainda não superaram os patamares da pré-crise sanitária. “As fábricas voltaram à produção de uma forma otimista, mas ainda não em ritmo normal. A recuperação aos patamares pré-pandemia só chegará a partir do ano que vem. A economia como um todo deverá começar a andar nos trilhos”, opina.
O Sindivest-MG avalia que os grandes desafios para o setor, neste momento, é a falta dos tecidos. “Estamos com dificuldade com tecidos de algodão e de fios naturais. A alternativa que temos é tentar fazer a substituição, mas nem sempre é possível”, conta Vasconcellos.
Outra preocupação é o custo dos insumos. Segundo Vasconcellos, o preço dos tecidos aumentou substancialmente, o que encareceu a produção. “O material subiu muito e, até o momento, não conseguimos repassar esse aumento para o consumidor final. Por enquanto, estamos segurando os preços com a expectativa de que a política econômica do País regularize de forma a dar condições ao empresariado do setor industrial e do comércio a ter melhores condições de produzir e investir no País, mas se continuar assim, teremos que repassar o aumento”, pontua.
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