Agência Minas
A Secretaria de Estado de Educação de Minas Gerais (SEE/MG) está desenvolvendo estratégias para que os estudantes que apresentaram defasagem na aprendizagem, principalmente aqueles que tiveram dificuldades em entregar as atividades dos Planos de Estudos Tutorados (PET) desenvolvidas ao longo de 2020, possam consolidar os conteúdos trabalhados durante o ensino remoto. Uma dessas ações é o programa de reforço escolar. Atualmente, a iniciativa conta com a participação de cerca de 25 mil alunos do 6º e 9º ano do ensino fundamental e do 1º ao 3º ano do ensino médio.
A Secretaria de Estado de Educação de Minas Gerais (SEE/MG) está desenvolvendo estratégias para que os estudantes que apresentaram defasagem na aprendizagem, principalmente aqueles que tiveram dificuldades em entregar as atividades dos Planos de Estudos Tutorados (PET) desenvolvidas ao longo de 2020, possam consolidar os conteúdos trabalhados durante o ensino remoto. Uma dessas ações é o programa de reforço escolar. Atualmente, a iniciativa conta com a participação de cerca de 25 mil alunos do 6º e 9º ano do ensino fundamental e do 1º ao 3º ano do ensino médio.
No reforço escolar, os estudantes são atendidos em aulas extras, além da sua jornada de ensino regular. O objetivo é promover condições de aprendizagem diferenciadas para que eles possam consolidar as habilidades e as competências para o seu ano de escolaridade em Língua Portuguesa e Matemática.
O trabalho pedagógico é mais individualizado e direcionado e inclui metodologias de ensino mais dinâmicas e interativas, como destaca a superintendente de Políticas Pedagógicas da SEE/MG, Esther Barbosa. “É uma estratégia muito importante para que o estudante que não esteja conseguindo acompanhar o ritmo das aulas possa consolidar as habilidades necessárias a partir de um auxílio mais próximo do professor durante as aulas extras”, diz.
Para as turmas do reforço escolar formadas no primeiro semestre deste ano - com atividades desde abril -, foram convidados alunos que tiveram dificuldades em entregar o PET ao longo do ano letivo de 2020 e que precisavam consolidar conteúdos trabalhados durante o ensino remoto.
Avanços
Segundo Esther, os estudantes que aceitaram participar da iniciativa já demonstram avanços. “Os alunos têm um acompanhamento mais próximo e mais focado no aprofundamento e na recuperação. Os primeiros resultados mostram que o estudante que aceitou participar está com desempenho melhor que os alunos que optaram por não fazer”, ressalta. A participação no Reforço Escolar é por adesão.
Durante o ensino remoto, as aulas do reforço são pelo aplicativo Conexão Escola 2.0 e, nos casos em que o estudante não tem acesso à internet, a unidade de ensino disponibiliza as atividades preparadas pelo professor de forma impressa.
Para o segundo semestre, serão abertas novas turmas de reforço escolar. “Para a segunda entrada, em agosto, vamos abrir oportunidade para os estudantes que não foram bem no primeiro bimestre, em Língua Portuguesa e Matemática, para aqueles que ainda estão em progressão continuada e para os que retornaram esse ano durante a busca ativa”, finaliza Esther.
Auxílio nos estudos
Ana Luísa Pereira Costa, aluna do 3º ano do ensino médio na Escola Estadual de Sant’Ana, em Brasília de Minas, é moradora da zona rural. Em 2020, ela teve dificuldade em participar das atividades remotas por causa do acesso precário à internet. Neste ano, ela recebe as atividades do reforço impressas e aciona o professor quando é necessário. Os resultados já podem ser percebidos em seu desempenho em matemática.
“Agora estou entendendo melhor a matemática. Recebo em casa a apostila do reforço e o que tenho dificuldade em fazer peço auxílio ao meu professor que está sempre muito disposto a me ajudar”, conta Ana Luísa.
Matemática também é o componente curricular no qual José Henrique Fernandes Batista tem mais dificuldade. Mas com as atividades do reforço escolar, o aluno do 9º ano do ensino fundamental da Escola Estadual Padre Herculano Paz, em Itapecerica, já vê avanços. “Antes tinha muita dificuldade nos exercícios sobre ângulos, mas agora já compreendo e consigo fazer. Percebi uma melhora grande”.
O estudante também destaca o apoio e a didática da professora para sua aprendizagem. “As explicações são mais focadas nas minhas dificuldades. A professora envia atividades e vídeos. Quando tenho dúvidas, ela conversa comigo e explica direitinho”, conclui.
As falas direcionadas às necessidades dos alunos também têm ajudado Kauã Alves Oliveira. “São explicações mais específicas e que estão me ajudando muito nas aulas. A professora de Língua Portuguesa, trabalha com atividades mais interativas e esse jeito diferente de ensino chama a nossa atenção”, destaca o aluno do 1º ano do ensino médio da Escola Estadual Padre Herculano Paz.
Amplo acesso
Na Escola Estadual Santo Tomaz de Aquino, no município de Divinópolis, o reforço escolar foi ministrado para alunos do 2º e 3º ano do ensino médio. Segundo o gestor da unidade de ensino, Júlio César da Silva, a iniciativa tem gerado bons resultados. “Acredito que o programa é o caminho para os alunos que têm mais dificuldades. Na sala de aula, muitas vezes o professor não consegue recuperar todos os alunos. O reforço é uma ação que vem para preencher essa lacuna”, destaca.
As aulas de reforço são gravadas e serão disponibilizadas no canal do youtube da escola. “É uma estratégia para o aluno que, por algum motivo, não conseguiu acompanhar a aula. Além disso, também podem ser acessadas pelos outros estudantes, no horário que o aluno puder acompanhar”, ressalta Júlio César.
Atividades lúdicas
Já na Escola Estadual Padre Herculano Paz, em Itapecerica, as aulas de reforço contemplam alunos do 9º do ensino fundamental e de todo o ensino médio. Os temas são trabalhados de forma diferenciada, por meio de jogos e atividades lúdicas, como exemplifica a professora de Língua Portuguesa, Silvânia Fátima Cruz Duarte. “Estamos retomando os conteúdos e fazemos isso de diferentes formas. Com música, trabalho a interpretação de texto, uso jogos e também estímulo à produção de vídeos com a participação das famílias”, relata.
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