Por Gabriela Sales | Diário do Comércio
“Estamos com um cenário bem melhor do que no ano passado, quando a indústria de móveis estava com grande dificuldade de conseguir insumos. Hoje, a situação está normalizando aos poucos e isso estimula a produção”, conta.
No começo deste ano, o reajuste nas peças foi repassado ao consumidor final. Mesmo assim, a procura anima os empresários. “Os consumidores estão investindo na adaptação e no conforto da casa, passam mais tempo com a família. O trabalho em casa. A vida social agora é no lar. O investimento em móveis de qualidade continua crescendo e aquecendo o mercado”, reforça Iara Abade.
Nem mesmo o período de lockdown foi suficiente para desestimular as compras no comércio. “As empresas registraram pedidos on-line de compras, principalmente, porque esse tipo de material é feito sob medida e encomendado”, disse.
Apesar da alta nos insumos, os empresários estão otimistas e buscam recursos principalmente no Pronampe e bancos privados. “Com taxas de juros mais baixas e a resposta do mercado com boas vendas, muitos empresários estão buscando investimentos para tecnologia e novo maquinário, o que aumenta a produção”, salienta.
Iara Abade alerta que, devido à alta de preços ao consumidor final, grande parte dos consumidores está pesquisando mais, o que demora no fechamento dos contratos. “O que também acaba impactando na demora na entrega do produto final”, complementa.
A expectativa para este ano, de acordo com a presidente do Sindimov-MG, Iara Abade, é de que o crescimento do setor fique no mesmo patamar que em 2020. “Esperamos o mesmo patamar do ano passado, o consumidor ainda está otimista. Ele quer a casa mais arrumada para trabalhar, estudar e ter comportamento social mais intimista ao longo de 2021”, avalia.
Emprego
A presidente do Sindimov-MG, Iara Abade, alerta que outra dificuldade está em encontrar mão de obra qualificada. Com as escolas profissionalizantes fechadas, por causa da pandemia, não há profissionais qualificados para o preenchimento de vagas, o que acaba impactando na entrega do produto.
“Há vagas. Estamos precisando de mão de obra qualificada, reciclagem para aqueles que estão fora do mercado e isso só é possível com as escolas profissionalizantes abertas”, salienta.
A esperança do setor é de que, com a população vacinada, as escolas voltem a funcionar e assim as pessoas voltem para as escolas e possam preencher essas vagas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário