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terça-feira, 15 de junho de 2021

Minas Gerais se prepara para receber primeiras Cidades Inteligentes do estado

Há dois projetos em desenvolvimento na Região Metropolitana de Belo Horizonte, um em São Joaquim de Bicas e outro em Vespasiano

Jéssica Mayara | Estado de Minas

Planejamento urbano, meio ambiente, tecnologia, união social e governança. Esses são alguns dos princípios das chamadas Cidades Inteligentes, que estão chegando pela primeira vez em Minas Gerais, mais precisamente na Região Metropolitana de Belo Horizonte, em São Joaquim de Bicas e Vespasiano. Mas do que se trata esse empreendimento?

O projeto das Cidades Inteligentes já está em andamento em Minas Gerais

De acordo com a União Europeia, "Smart Cities", como também são nomeadas, são sistemas de pessoas utilizando energia, materiais, serviços e financiamento para incentivar o desenvolvimento econômico e a qualidade de vida.

“Cidade inteligente é um conceito que vem crescendo cada vez mais, é a junção de cidades planejadas com tecnologia. O objetivo é melhorar a qualidade de vida e bem-estar da comunidade. Por isso, temos como prioridade a sustentabilidade, mobilidade e meio ambiente”, explica Luciano Boaventura, diretor e sócio fundador da Domicilium Engenharia, empresa responsável pela chegada do modelo de moradia no estado.

Segundo ele, o empreendimento contará com vias largas, pavimentação ecológica, ciclovias, parques, iluminação pública em led e energia solar, cabeamento subterrâneo com sensores de prevenção de falhas, equipamentos para uso coletivo, aplicativo para interação de moradores, compartilhamento de funcionários e meio de transporte. “Contaremos também com um sistema de vigilância com botão antipânico e câmeras.”

“O empreendimento em São Joaquim de Bicas, às margens da Fernão Dias, será comercializado em duas etapas. Primeiramente, lançaremos o Parque Industrial SJB, com previsão de início das vendas para o segundo semestre de 2021, com projeção de levar emprego e desenvolvimento à região. Posteriormente, lançaremos os setores universitários, hospitalar, comercial e residencial. Temos a intenção de mudar o conceito de viver e morar da nossa região. No total serão 3.000.000m² e previsão de 25 mil habitantes.”

Algumas das principais "Smart Cities" do Brasil se localizam em São Paulo, Florianópolis, Curitiba, Ceará e Campinas. Para Luciano Boaventura, trata-se do futuro das comunidades. “Devemos priorizar a qualidade de vida, criar facilidade e prazer em torno da vizinhança. O Brasil está muito atrasado com o conceito de cidades planejadas, não vejo outra forma de sucesso numa expansão urbana sem levar os benefícios de cidades conectadas.”

Nesse cenário, há desafios, conforme o diretor da Domicilium, em razão da expansão desordenada das grandes cidades. “Podemos ver nitidamente a consequência dessa expansão em Belo Horizonte. Por isso, temos muitos problemas com infraestrutura, saneamento básico, mobilidade e qualidade de vida. Com isso, se torna inviável implantar uma Cidade Inteligente a essa região. A solução é criar novas centralidades. Buscamos terrenos no entorno de regiões metropolitanas, mas desconectadas das cidades, com isso conseguimos implantar todos os benefícios oferecidos por uma Cidade Inteligente”, comenta.

Quanto à implantação desse tipo de empreendimento, Luciano Boaventura destaca que é mais cara e demorada. “Porém, conseguimos viabilizar sem elevar o preço de nossas unidades. Devido ao terreno estar um pouco afastado do centro da região metropolitana, alcançamos o mesmo valor de venda, mas com uma qualidade de vida excepcional, trazendo inovação. Por meio de parcerias e concessões com instituições privadas, conseguimos diminuir o custo fixo de moradia da nossa comunidade”, pondera.

Será necessário aguardar um pouco mais para ver as Cidades Inteligentes em Minas Gerais, mas o diretor da Domicilium acredita na prosperidade do negócio.

“As duas Cidades Inteligentes que estamos desenvolvendo na região metropolitana vieram para revolucionar a forma de construir e projetar. Nossa meta é influenciar positivamente outras empresas do setor e órgãos públicos para priorizar empreendimentos planejados com foco no bem-estar da sociedade. Acreditamos muito nessa evolução e tornou-se a prioridade da nossa empresa."

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