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sexta-feira, 2 de abril de 2021

Indústrias emprestam 2.000 cilindros para oxigênio a hospitais de Minas Gerais

Campanha de arrecadação da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg) superou meta em duas semanas

Por Gabriel Rodrigues | O Tempo

Em pouco mais de duas semanas, após uma campanha iniciada no dia 16 de março, a Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg) reuniu cerca de 2.000 cilindros de oxigênio para doar a hospitais de todo o Estado. Os itens, que foram recolhidos em várias indústrias mineiras, serão entregues já carregados com o gás às unidades hospitalares.

Na Santa Casa de BH, pacientes utilizam até três cilindros por dia | Daniel de Cerqueira / O TEMPO

“Nossa meta inicial era arrecadar 1.000 equipamentos, porém, graças à solidariedade do empresariado mineiro, que quer ajudar a amenizar o sofrimento daqueles que precisam do oxigênio, nós conseguimos dobrar esse número e mapeamos que será possível fornecer um total de 2.000 cilindros. Uma quantidade que vai além da necessária para o atendimento imediato e ainda proporciona uma tranquilidade quanto ao abastecimento desse insumo”, diz Flávio Roscoe, presidente da FIEMG, por meio de nota. Só no Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai-MG), foram recolhidos 46 unidades até o dia 31 de março.

Os recipientes recolhidos nas indústrias eram utilizados para outros gases, originalmente, mas serão limpos e recarregados com oxigênio medicinal. Em março, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) flexibilizou as regras e passou a permitir que os recipientes industriais pudessem ser utilizados nos hospitais.

Consumo de oxigênio aumentou 74% na Santa Casa de BH

A distribuição dos cilindros será realizada na medida em que eles forem recarregados, segundo a Fiemg. A Santa Casa de Belo Horizonte já recebeu as primeiras 18 unidades, em meio a um aumento de 74% do consumo em março. Um paciente que necessita de oxigênio por 24 horas consome até três recipientes de 10 m³, de acordo com a instituição. “Dos 330 pacientes internados no dia 30 de março com Covid-19, a grande maioria demanda a oxigenoterapia. O nosso consumo de oxigênio, em média, em fevereiro deste ano, foi de 116m³, já em março chegamos 202m³”, detalha o diretor técnico da Santa Casa, Guilherme Gonçalves Riccio, também por meio de nota.

Em entrevista coletiva no último mês, o secretário de Estado de Saúde, Fábio Baccheretti, afirmou que o maior gargalo para o consumo e oxigênio em Minas era a necessidade de reposição constante do insumo. Nessa quinta-feira (1º), o governador Romeu Zema (Novo) anunciou um aporte emergencial para pelo menos 250 hospitais ampliarem o sistema de gases medicinais.

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