Por Daniele Franco | O Tempo
A ivermectina não faz mais parte do protocolo de tratamento de pacientes com Covid-19 na Fundação Hospitalar de Minas Gerais (Fhemig). Antes listado entre medicamentos sem evidências de eficácia contra a Covid-19, o vermífugo passou a ser contraindicado pela rede de hospitais do Estado.
A ivermectina não faz mais parte do protocolo de tratamento de pacientes com Covid-19 na Fundação Hospitalar de Minas Gerais (Fhemig). Antes listado entre medicamentos sem evidências de eficácia contra a Covid-19, o vermífugo passou a ser contraindicado pela rede de hospitais do Estado.
Foto: Miguel Noronha/Futura Press/Folhapress |
A alteração veio no protocolo atualizado no dia 23 de março. No documento, a Fhemig lista uma série de estudos que trouxeram evidências de "muito baixa qualidade" sobre a eficácia do medicamento no tratamento e na prevenção contra a Covid-19. "Recomendamos CONTRA sua utilização por alto grau de incerteza", diz um trecho do documento.
O principal argumento da contraindicação da ivermectina se baseia na inconsistência dos estudos que mostram algum benefício na prescrição do vermífugo, seja para controle da doença ou para prevenção. Oito deles são citados no documento e têm as incongruências apontadas, sendo que a maioria das falhas se concentra na randomização, ou seja, informações sobre grupos que receberam o medicamento e outros que receberam placebo.
O possível desperdício de recursos também é citado como ponto contrário à prescrição da ivermectina. "Sua utilização em larga escala poderia levar a altos custos públicos e particulares sem eficácia comprovada, levar a uma falsa sensação de segurança, com relaxamento das medidas preventivas e expectativas incertas em pacientes graves", justifica o protocolo.
A rede Fhemig é composta por 18 unidades hospitalares espalhadas pelo Estado, incluindo os hospitais Eduardo de Menezes (HEM) e Júlia Kubitschek (HJK), que são referência no tratamento da Covid-19 desde o início da pandemia.
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