Agência Minas
O governador Romeu Zema se reuniu nesta terça-feira (23/3) com representantes do setor produtivo do estado. O objetivo do encontro virtual foi ouvir demandas, colocar o Governo de Minas à disposição para o diálogo com as entidades e destacar as medidas adotadas no controle da pandemia de covid-19, especialmente durante a onda roxa do plano Minas Consciente.
Gil Leonardi / Imprensa MG |
“Estamos aqui para escutá-los. Tudo o que temos adotado junto ao Comitê Extraordinário Covid-19 é ouvindo o setor produtivo. Sabemos que o setor é duramente atingido por essas medidas, mas, neste momento, é uma questão humanitária. Queremos que essa situação dure o menor tempo possível. A contribuição dos senhores é muito bem-vinda e o Estado está disponível e aberto ao diálogo”, afirmou Zema.
O secretário de Estado de Saúde, o médico Fábio Baccheretti, destacou o cenário crítico atual e a necessidade de a onda roxa ser executada. “O cenário de Minas mudou nas últimas semanas e, pela primeira vez, a situação abrangeu todas as macrorregiões do Estado com grande crescimento na incidência dos casos e na ocupação dos leitos”, disse.
“Criamos 33 leitos semana passada, recebemos 100 respiradores para abertura de novos leitos, mas o crescimento de casos é maior que a capacidade de expansão do sistema. Por isso é tão importante o sucesso da onda roxa, que será executada enquanto temos uma evolução na vacinação”, completou Baccheretti.
Apoio
O presidente da Câmara dos Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL), Marcelo de Souza, ressaltou a abertura do Estado para o diálogo. “O diálogo é muito importante para nós. Precisamos da economia forte, mas sabemos do momento”, disse, citando a importância de campanhas de conscientização da população e medidas de apoio aos empresários. “O setor apoia amplamente essas medidas mais sérias”, afirmou Roberto Simões, presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de Minas (Faemg).
José Anchieta, da Associação Comercial e Empresarial de Minas (ACMinas), pontuou a necessidade de coibir aglomerações. “O empresariado mineiro tem dado sua contribuição ao máximo, mas é preciso impedir que as aglomerações aconteçam”.
Já Valmir Rodrigues, presidente da Federação das Associações Comerciais e Empresariais de Minas (Federaminas), citou o momento delicado pelo qual passam os empresários. “Mas estamos sempre buscando o diálogo, conversando com os prefeitos, mesmo recebendo muitas pressões”.
Também participaram da reunião os presidentes da Fiemg, Flávio Roscoe; da Fecomércio, Maria Luiza Maia; do MinasPetro, Carlos Guimarães; da FCDL, Frank Sinatra; da Fetrabalho, Geraldo Magela; do Sindloc, Marco Aurélio Nazaré; da Abrasel, Matheus Daniel; do Sistema Ocemg, Ronaldo Scucato.
Medidas
Na última quinta-feira (18/3), o governador anunciou medidas de socorro econômico a comerciantes e empresários. As informações foram repassadas nesta terça-feira (23/3) ao setor produtivo pelo secretário adjunto de Desenvolvimento Econômico de Minas, Fernando Passalio. Entre elas estão a possibilidade de parcelamento de débitos junto à Cemig e à Copasa e a ajuda às empresas via Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG).
Alguns pontos estão em negociação e aguardam aprovação de outros órgãos, como a postergação do pagamento do Simples, em análise pelo Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz), e a proposta de regularização de dívidas de ICMS, o Refis, em análise pela Assembleia Legislativa de Minas.
“Vamos manter sempre o diálogo com as entidades. A construção do Minas Consciente contou com a colaboração coletiva, e isso é muito importante para nós. Sempre daremos apoio às entidades para enfrentar essa crise, afinal, o setor produtivo é indispensável ao Estado. Somamos mais de 2,5 milhões de CNPJs em Minas”, ressaltou Fernando Passalio.
O secretário de Estado de Governo, Igor Eto, que também acompanhou o encontro, pontuou as ações do Estado. “Sabemos como é difícil a onda roxa aos municípios, mas quanto mais tivermos essa fase executada de forma plena, menor tempo teremos que ficar nessa situação. Peço a todos a compreensão e voto de confiança de que tudo que está ao alcance do governo está sendo feito, inclusive no que diz respeito à articulação política”, destacou.
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