Por Michelle Valverde | Diário do Comércio
Segundo os dados da Secretaria de Estado da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), a linha de custeio tem apresentado a maior demanda, com um valor já desembolsado de R$ 10,53 bilhões, aumento de 10% – sempre em relação a igual período anterior.
Para a agricultura mineira, foram destinados R$ 12,54 bilhões entre julho de 2020 e fevereiro de 2021 | Crédito: Divulgação |
Ao todo, nos oito primeiros meses da safra 2020/21, foram aprovados 161.152 contratos para Minas Gerais, volume 3% maior que o registrado no mesmo período da safra passada, que era de 156.659 liberações.
Para a agricultura mineira, foram destinados R$ 12,54 bilhões entre julho de 2020 e fevereiro de 2021, valor 10% superior frente ao crédito de R$ 11,41 bilhões registrado anteriormente. O número de contratos aprovados somou 65.625, 1% menor que o registrado no mesmo período da safra passada.
Para a pecuária, os desembolsos totais já somam R$ 6,65 bilhões e estão 13% maiores. A aprovação de contratos cresceu 6%, somando 95.527 liberações.
Linhas de crédito rural
Dentre as linhas do crédito rural, o maior volume de recursos é destinado à linha de custeio, recurso que é usado para cobrir as despesas normais dos ciclos produtivos.
Em Minas, os desembolsos dessa linha já somam R$ 10,53 bilhões e estão 10% maiores que os R$ 9,61 bilhões registrados em igual período do ano safra anterior. Ao todo, foram aprovados 65.290 contratos, queda de 3%.
Dos recursos demandados da linha de custeio, para a agricultura, foi verificada elevação de 3%, aumentando os desembolsos para R$ 6,88 bilhões. A aprovação de pedidos chegou a 37.141 contratos, 9% menor.
Das culturas que receberam recursos do crédito rural, em fevereiro, o destaque foi o café. Os desembolsos para custeio da safra do grão somaram R$ 148,24 milhões. Para a produção do alho foram desembolsados R$ 54,83 milhões, seguido pela soja, com o valor de R$ 45,51 milhões, milho, com R$ 39,55 milhões e laranja, R$ 15,91 milhões.
Na pecuária foi registrado aumento de 24% na busca pelos recursos da linha de custeio. Nos primeiros oito meses da safra 2020/21, o setor foi responsável pelo desembolso de R$ 3,65 bilhões em recursos para custeio da produção. Foram aprovados 28.149 contratos, volume 5% maior.
A maior demanda, em fevereiro, foi registrada na produção de bovinos. Os desembolsos somaram R$ 448,66 milhões. Para suínos foram liberados R$ 19,97 milhões. A avicultura ficou demandou R$ 20,81 milhões.
Investimentos e comercialização
Durante os oito primeiros meses da safra 2020/21, os desembolsos para a linha de investimento também ficaram maiores. Ao todo, já foram desembolsados para o Estado R$ 5,51 bilhões, alta de 32% se comparado com os R$ 4,17 bilhões registrados anteriormente.
Do total, R$ 3,05 bilhões foram para investimentos na agricultura, valor 45% maior. Foram aprovados na agricultura 27.497 pedidos de crédito, avanço de 14%.
A pecuária tomou R$ 2,46 bilhões na modalidade de investimento, demanda que ficou 19% maior que os R$ 2,07 bilhões liberados nos primeiros oito meses da safra 2019/20. A aprovação de contratos cresceu 7% e encerrou em 67.052 unidades.
Já na linha de comercialização, em Minas Gerais, ao longo dos primeiros oito meses da safra 2020/21, houve queda de 13% na demanda, frente ao mesmo período da safra passada. No intervalo, os desembolsos somaram R$ 2,48 bilhões.
Do total, para a agricultura as liberações ficaram 2% menores e alcançaram R$ 2,13 bilhões. Foram aprovados 913 contatos, variação negativa de 34%. Na pecuária a demanda pelos recursos da linha de comercialização recuou 46% e encerrou o período em R$ 350 milhões. A retração na liberação de contratos foi de 52%, somando 298 pedidos aprovados.
Principais linhas do Crédito Rural
• Custeio: para cobrir as despesas normais dos ciclos produtivos
• Investimento: aplicados em bens ou serviços duráveis, cujos benefícios repercutem durante muitos anos
• Comercialização: asseguram ao produtor rural e a suas cooperativas os recursos necessários à adoção de mecanismos que garantam o abastecimento. O recurso também é importante para o armazenamento da colheita nos períodos de queda de preços.
Fonte: Seapa
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