Agência Minas
O projeto Na@Mo é capa da última edição da revista Nature, uma das mais conceituadas publicações científicas do mundo, divulgada nesta quinta-feira (18/2). Realizado pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e pelo Senai-Cimatec, com apoio do Governo de Minas, por meio da Companhia de Desenvolvimento de Minas Gerais (Codemge), o Na@Mo visa à criação de um nanoscópio, dispositivo que permite a análise em alta resolução de estruturas nanométricas, como átomos e moléculas.
O projeto Na@Mo é capa da última edição da revista Nature, uma das mais conceituadas publicações científicas do mundo, divulgada nesta quinta-feira (18/2). Realizado pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e pelo Senai-Cimatec, com apoio do Governo de Minas, por meio da Companhia de Desenvolvimento de Minas Gerais (Codemge), o Na@Mo visa à criação de um nanoscópio, dispositivo que permite a análise em alta resolução de estruturas nanométricas, como átomos e moléculas.
Revista Nature - Imagem de capa / Cassiano Rabelo |
O estudo divulgado na Nature revela, a partir da aplicação do equipamento, imagens inéditas de bicamadas de grafeno. Esse é um sistema que se torna supercondutor, ou seja, que conduz eletricidade sem resistência quando a rotação entre as camadas é de um valor específico.
Essas propriedades não poderiam ser acessadas sem a existência do nanoscópio. “A partir dessa tecnologia, podemos estruturar uma indústria que coloque o Brasil na fronteira do conhecimento em diversos campos”, afirma o professor Ado Jório, líder do grupo de trabalho que levou à criação do estudo. “O microscópio fez com que saíssemos do olho nu e fôssemos para o micro. A criação do nanoscópio permite que saiamos do micro e cheguemos ao nano, um aumento de resolução em 1.000 vezes”, explica.
Protótipo
O equipamento está em fase de construção do protótipo pré-comercial e já rendeu nove patentes. A tecnologia está pronta para ser transferida à indústria. “Aportes na ciência e no desenvolvimento científico são considerados investimentos, mas isso só é fato se completamos o ciclo para que o conhecimento gere frutos para a sociedade”, frisa Jório.
O projeto, que também recebe incentivo da Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii), faz parte do portfólio da Codemge desde 2018. Sobre o reconhecimento do Na@Mo pela publicação, o presidente da companhia, Fábio Amorim da Rocha, ressalta “a valorização do capital intelectual mineiro, a transferência de tecnologia e a geração de renda, além da projeção internacional de Minas Gerais na ciência”.
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