Por Michelle Valverde | Diário do Comércio
Com o valor, Minas Gerais responde por 13% do volume de crédito liberado para o País, que já soma R$ 135,11 bilhões — alta de 17%. No Estado, até o fechamento de janeiro de 2021, foram aprovados 146.390 contratos, expansão de 2% sobre o volume registrado no mesmo intervalo da safra anterior.
A cultura do milho ficou em segundo lugar em demanda por recursos do crédito rural em janeiro | Foto: ANPr |
Dos R$ 17,49 bilhões liberados para o Estado, a maior parte foi destinada para a agricultura. Ao todo, foram desembolsados R$ 11,61 bilhões para o setor, um aumento de 7% frente aos R$ 10,81 bilhões registrados em igual período da safra anterior.
Nesse intervalo, foram aprovados 60.637 contratos para acesso ao crédito na agricultura, volume 2% menor.
Para a pecuária, os desembolsos somaram R$ 5,87 bilhões. Isso representa um avanço de 9% frente ao volume de crédito liberado no mesmo período da safra 2019/20, que foi de R$ 5,38 bilhões. A aprovação de contratos cresceu 5%, encerrando janeiro em 85.753 unidades.
A maior demanda pelos recursos do Plano Agrícola e Pecuário (veja a síntese) aconteceu pela linha de custeio.
De julho de 2020 a janeiro de 2021, foram liberados R$ 9,7 bilhões para o custeio da safra mineira, alta de 8% quando comparado com os R$ 9 bilhões registrados anteriormente. O número de contratos aprovados, 59.287, caiu 5%.
A maior parte dos recursos para custeio foi destinada à atividade agrícola. Ao todo, já foram liberados R$ 6,53 bilhões, montante 3% maior que o período equivalente anterior. A aprovação de contratos somou 34.415, ficando 11% menor em relação ao mesmo período anterior.
Produtos de destaque no Plano Agrícola e Pecuário
Dentre os produtos que tiveram maior demanda pelos recursos em janeiro de 2021 estão o café (R$ 178,5 milhões), milho (R$ 59,99 milhões), alho (R$ 39,68 milhões), soja (R$ 13,24 milhões) e cana-de-açúcar (R$ 12,37 milhões).
A pecuária demandou recursos na ordem de R$ 3,17 bilhões, alta de 20%. A aprovação de contratos de custeio para a pecuária aumentou 4%, somando 24.872 contratos.
Em janeiro, os principais demandadores dos recursos foram as produções de bovinos, com o valor de R$ 296,1 milhões, seguidas por suínos, com R$ 13,26 milhões, e avicultura, com R$ 6,7 milhões.
Investimentos em alta
Ao longo dos sete primeiros meses da safra 2020/21, os desembolsos da linha de investimentos, em Minas Gerais, somaram R$ 4,96 bilhões, valor 28% superior aos R$ 3,86 bilhões registrados anteriormente. Os contratos aprovados da modalidade, 85.920, cresceram 9%.
Para a agricultura, foram liberados R$ 2,68 bilhões, variação positiva de 39%. A liberação dos recursos foi feita para 25.302 contratos de investimento, elevação de 14% frente ao volume registrado no mesmo período do ano anterior.
Na pecuária, a busca pelos recursos de investimento cresceu 17%, com a liberação de R$ 2,28 bilhões. A aprovação de contratos nesta linha apresentou alta de 6% e somou 60.618 contratos.
Os valores de crédito contratados para a linha de comercialização ficaram menores quando comparados com igual período do ano passado.
De acordo com o levantamento, foram desembolsados R$ 2,27 bilhões para a modalidade em Minas Gerais, redução de 17% sobre os R$ 2,73 bilhões registrados em igual período da safra anterior.
A aprovação de contratos de comercialização também ficou menor, encerrando o acumulado da safra até janeiro com retração de 41% e somando 1.096 liberações, ante 1.869.
Para a linha de comercialização da agricultura foram liberados R$ 2,01 bilhões, queda de 5%, com a aprovação de 858 contratos, volume 35% menor.
Na pecuária, o crédito de comercialização retraiu 57%, com liberação de R$ 270 milhões. A aprovação de contratos chegou a 238, redução de 57%.
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