Por Mara Bianchetti | Diário do Comércio
A fabricante de itens eletrônicos já reservou outra área de 3 mil metros quadrados no entreposto aduaneiro, a fim de dobrar a capacidade de produção.
Expectativa da Clamper para 2021 é conservadora e prevê crescimento de 50% sobre 2020 | Crédito: Diego Uriel |
A transferência das operações da sede, em Lagoa Santa, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), para o primeiro aeroporto-indústria do País, mediante aportes de R$ 10 milhões, já havia proporcionado uma elevação de 30% na capacidade instalada.
Agora, em um galpão de 3 mil metros quadrados, a Clamper tem condições de produzir 25 milhões de equipamentos por mês, considerando apenas um turno de trabalho.
De acordo com o CEO da Clamper, Marcelo Lobo, a empresa conclui a instalação das operações no aeroporto no mês que vem, mas como a BH Airport, concessionária que administra o terminal, já está investindo no incremento da infraestrutura do entreposto, a estratégia foi reservar mais um espaço para dar continuidade à sua expansão a partir de 2022.
“Ainda temos muito mercado para crescer. Trabalhamos com uma cesta bastante diversificada, mas com foco específico na área contra surtos elétricos. O segmento de energia fotovoltaica, por exemplo, está altamente demandante e hoje tem se despontado como nosso carro-chefe”, avaliou.
Segundo o executivo, a expectativa para 2021 é conservadora, mas dá conta de um crescimento de 50% nos negócios sobre o ano anterior. Em 2020, mesmo com toda instabilidade econômica causada pela pandemia de Covid-19, a Clamper obteve crescimento de 45% no faturamento na comparação com 2019 – um recorde na história da empresa.
“2020 começou com uma expectativa muito grande de crescimento, assim como nos anos anteriores, já que vínhamos registrando índices fortes desde 2016. Começamos projetando 54% de aumento no faturamento, mas em março veio a pandemia e, assim como outros setores, também fomos muito afetados. Mesmo assim, nossa situação ainda era melhor que a de outras empresas”, afirmou.
Conforme Santos, a empresa apurou queda de até 40% no primeiro semestre, mas à medida que os meses foram passando, veio a recuperação. “Para se ter uma ideia, em outubro chegamos a atingir patamares de faturamento acima do que tínhamos projetado. Por conta deste retorno forte conseguimos voltar a crescer, compensar e quase atingimos a meta do início do exercício, com crescimento de 45%”, completou.
Embarques
Outra meta para 2021 diz respeito às exportações. O objetivo é que as vendas para outros países alcancem 10% da comercialização e este número se multiplique nos próximos anos. Segundo o CEO, este é um dos caminhos que a empresa enxerga para o fortalecimento dos negócios daqui para frente.
Atualmente, conforme ele, a participação das vendas externas no faturamento da Clamper é pequena, mesmo já contando com operação nos Estados Unidos. “Vamos ativar mais um segmento naquele país na área de varejo, com vendas de equipamentos para uso residencial e empresarial e produtos na área de iluminação”, revelou.
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