Por Gabriel Moraes | O Tempo
Após reunião ocorrida nessa quarta-feira (10), ficou determinado que, até o dia 23 de abril deste ano, 110 moradores de 30 casas do distrito de Antônio Pereira, em Ouro Preto, região Central de Minas, terão que sair de casa. Essas moradias estão na chamada "mancha de lama" da barragem de Doutor, na mina de Timbopeba, da Vale.
Após reunião ocorrida nessa quarta-feira (10), ficou determinado que, até o dia 23 de abril deste ano, 110 moradores de 30 casas do distrito de Antônio Pereira, em Ouro Preto, região Central de Minas, terão que sair de casa. Essas moradias estão na chamada "mancha de lama" da barragem de Doutor, na mina de Timbopeba, da Vale.
Distrito de Antônio Pereira tem cerca de 3.500 habitantes | Uarlen Valério / O Tempo |
Segundo a Coordenadoria Estadual de Defesa Civil (Cedec), o novo estudo de "dam break", feito sob parâmetros e recomendação da empresa auditora do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), amplia a antiga Zona de Auto Salvamento (ZAS), apresentada em agosto de 2020, acrescentando essas outras 30 residências.
Durante a reunião, que contou com a participação de representantes da Vale, da Cedec, da Defesa Civil Municipal de Ouro Preto e do MPMG, foi apresentado como se dará esse processo de realocação. Ficou acertado que as famílias serão assistidas de forma integral pela empresa e terão participação ativa na escolha de suas moradias, as quais serão entregues após reforma e limpeza.
De acordo com a Vale, os animais domésticos e de produção que não puderem ser levados por seus tutores, de imediato, serão acolhidos temporariamente em instalações de fauna, sob os cuidados de profissionais e especialistas, entre biólogos, veterinários e auxiliares capacitados.
"A operação cumprirá todos os protocolos de saúde e segurança recomendados diante do quadro de pandemia da Covid-19", informou a mineradora.
Ainda de acordo com a mineradora, não houve alteração nas condições de segurança da barragem Doutor. A estrutura, que permanece em nível 2 de emergência, é monitorada 24 horas por dia pelo Centro de Monitoramento Técnico (CGM) da Vale.
"A Vale reforça que todas as suas barragens são monitoradas permanentemente por dois modernos Centros de Monitoramento Geotécnicos (CMG) em Minas Gerais, além de inspeções em campo, manutenções, monitoramento por radares, estações robóticas, câmeras de vídeo com inteligência artificial e por instrumentos, como piezômetros manuais e automatizados, drones de inspeção, radar satelital e geofones (sensores para medir ondas sísmicas)", completou.
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