Segmento aproveitou oportunidade em meio à pandemia e estima ter crescido 15% no último ano no Estado
Por Juliana Siqueira | Diário do Comércio
Alisson J. Silva / arquivo DC |
Não é à toa que, de acordo com o membro do Conselho Fiscal do Sindicato das Indústrias do Mobiliário e de Artefatos de Madeira no Estado de Minas Gerais (Sindimov-MG) e proprietário da Madriart, Mauricio de Souza Lima, o segmento avalia ter crescido cerca de 15% no último ano.
No entanto, apesar do cenário promissor com incremento das vendas, a área também tem enfrentado os seus desafios, e eles estão relacionados à escassez e consequente aumento de preços da matéria-prima.
“Normalmente, em todo ano, tem uma sazonalidade, um período em que as vendas ficam mais fracas. Nesse ano (2020), isso não aconteceu. O fato de as pessoas estarem trabalhando em casa contribuiu para isso”, diz Lima.
Mas, a partir do mês de julho, conta ele, o setor começou a sentir falta de determinadas matérias-primas, além de presenciar impactos nos preços. Produtos como os ligados ao aço, tipos de MDF como o cru e o alumínio foram alguns dos que passaram por esse processo.
Diante de todo esse quadro, nem sempre tem sido possível manter os preços tais como eles eram, de acordo com Lima. “Quem tem um pouco de estoque está conseguindo segurar os preços. Outros estão tendo que repassar o aumento para os consumidores”, conta ele.
“Estamos torcendo para que o dólar abaixe ou para que haja ações que facilitem as importações ou dificultem as exportações”, diz Lima.
Futuro
Apesar de todos os desafios que vêm sendo encontrados ao longo do caminho, as perspectivas continuam sendo animadoras não só para o fechamento de 2020, mas também para este ano.
O otimismo do setor tem muito a ver com o que tem sido chamado de novo normal. Mesmo com o fim da pandemia da Covid-19, muitos hábitos e ações que se iniciaram durante esse período de crise sanitária deverão permanecer lá na frente, como é o caso do trabalho em home office, conforme lembra Lima. O fato de as pessoas ficarem mais tempo em casa deverá continuar impactando o setor de móveis.
“O home office veio mesmo para ficar. Muitas empresas vão fechar os escritórios e isso vai demandar mais mobiliário para as pessoas”, salienta ele.
Além disso, este ano também poderá trazer mais fatores positivos, como destaca Lima, tendo em vista as perspectivas de uma vacina contra a Covid-19 e consequentemente a retomada maior das atividades.
“Acredito que 2021 poderá ser bem melhor do que 2020. A tendência para este ano é de melhorar. As expectativas são muito grandes em relação à vacina contra a Covid-19 e de tudo voltar a todo vapor”, ressalta.
Pandemia não afeta obras em parque de Passos
Anunciado no mês de janeiro do ano passado, o parque industrial dos moveleiros tem mostrado avanços em Passos, no Sul de Minas Gerais, e segue sem mudanças em relação ao projeto inicial, mesmo diante de todos os desafios atuais vividos pelo País e pelo mundo.
Nesse cenário, o diretor de comunicação da Associação Comercial e Industrial de Móveis de Passos (Acimov), Marcelo Coimbra, destaca que a pandemia da Covid-19 não afetou necessariamente o andamento das obras.
Ele explica que existe todo um cronograma que envolve desde a preparação do loteamento até as documentações junto ao município, além das questões relacionadas ao saneamento, energia elétrica e outras infraestruturas e que ele tem sido seguido.
O empreendimento, que fica próximo ao aeroporto municipal José Figueiredo, tem 700 mil metros quadrados e, quando pronto, deve gerar aproximadamente 1.500 empregos diretos.
“O local já se encontra com acesso definido pela MG-050, os lotes definidos e a parte de aterramento feita. Na entrada, haverá uma área comum para construção de um espaço comum para showroom”, diz Coimbra.
O diretor de comunicação da Acimov também afirma que estão sendo feitas reuniões que envolvem as obras no local.
“Já tivemos várias reuniões com o empreendedor e com os associados dentro do processo de implantação. Inclusive com o prefeito eleito para as medidas que pertencem ao município”, destaca ele.
Benefícios
A cidade de Passos já é muito conhecida pelo setor moveleiro. Tanto é que o município também é tido como a capital nacional dos móveis rústicos e abriga várias feiras dedicadas à área.
Além disso, o setor é tido como o terceiro em geração de empregos na cidade e importante gerador de renda.
A ideia é que a mudança das fábricas para o parque industrial fomente ainda mais o segmento. Os benefícios com o empreendimento que está em andamento, segundo Coimbra, serão vários.
Ele cita como exemplo a geração de emprego e renda, melhorias das condições de instalação das fábricas, com espaços separados para carga e descarga, estoque e resíduos. Consequentemente, salienta o diretor, haverá maior qualidade de vida, segurança e produção.
“O setor moveleiro gera mais de 2.000 empregos diretos e 2.000 indiretos, isso nas atuais instalações no perímetro urbano da cidade”, ressalta ele.
Em janeiro do ano passado, inclusive, Coimbra já havia falado sobre toda a relevância do parque industrial.
“O município reconheceu essa importante pauta como uma política pública e proporcionou ao setor uma das nossas maiores reivindicações, o que irá contribuir, e muito, com os nossos associados e toda a cidade”, afirmou ele na época.
Além disso, o setor é tido como o terceiro em geração de empregos na cidade e importante gerador de renda.
A ideia é que a mudança das fábricas para o parque industrial fomente ainda mais o segmento. Os benefícios com o empreendimento que está em andamento, segundo Coimbra, serão vários.
Ele cita como exemplo a geração de emprego e renda, melhorias das condições de instalação das fábricas, com espaços separados para carga e descarga, estoque e resíduos. Consequentemente, salienta o diretor, haverá maior qualidade de vida, segurança e produção.
“O setor moveleiro gera mais de 2.000 empregos diretos e 2.000 indiretos, isso nas atuais instalações no perímetro urbano da cidade”, ressalta ele.
Em janeiro do ano passado, inclusive, Coimbra já havia falado sobre toda a relevância do parque industrial.
“O município reconheceu essa importante pauta como uma política pública e proporcionou ao setor uma das nossas maiores reivindicações, o que irá contribuir, e muito, com os nossos associados e toda a cidade”, afirmou ele na época.
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