Por Michelle Valverde | Diário do Comércio
Com o passar dos anos, outros potenciais foram descobertos como a produção de energia solar, inovação e tecnologia. Muito se avançou, mas é necessário investir na logística e nas pesquisas para que o desenvolvimento econômico seja acelerado.
Diniz Filho: todos nós mineiros temos que nos orgulhar do nosso Estado, do nosso povo e da nossa cidadania | Crédito: Fábio Ortolan / ACMinas |
De acordo presidente do Conselho Diretor do Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram), Wilson Brumer, Minas Gerais é o terceiro estado na economia do País, atrás de São Paulo e Rio de Janeiro. Além disso, a economia é marcada pela diversificação. Em relação ao parque industrial, somos o segundo do Brasil.
“Nossa economia é diversificada, temos importantes carros-chefes, como a mineração e o agronegócio, com destaque para minério de ferro, ouro, café, etanol, açúcar e grãos. Temos também uma capacidade logística extremamente representativa, por sermos um estado central e, por isso, é cortado por grandes ferrovias e rodovias. Um dos grandes potenciais que precisa ser melhorado é essa logística e fazer dela um fator de maior desenvolvimento do Estado”.
Tendência
Ainda segundo Brumer, a logística privilegiada poderá fazer de Minas um destaque nos próximos anos. Ele defende processos de concessão para melhorias, uma vez que os governos não têm capacidade financeira de promover as intervenções necessárias.
“Antevejo que no pós-pandemia um dos setores vencedores será a logística. Com a pandemia, muitas compras passaram a ser feitas por meios virtuais e alguém leva isso até o cliente. Minas tem um grande potencial nesse conceito logístico, mas temos o grande desafio de torná-la melhor”.
Nos 300 anos de Minas, segundo Brumer, outros setores que precisam ser ressaltados são os de inovação e novas tecnologias. Além disso, o Estado tem ensino de qualidade, reunindo várias universidades, institutos e fundações voltadas para a formação e pesquisas.
“Antevejo que no pós-pandemia um dos setores vencedores será a logística. Com a pandemia, muitas compras passaram a ser feitas por meios virtuais e alguém leva isso até o cliente. Minas tem um grande potencial nesse conceito logístico, mas temos o grande desafio de torná-la melhor”.
Nos 300 anos de Minas, segundo Brumer, outros setores que precisam ser ressaltados são os de inovação e novas tecnologias. Além disso, o Estado tem ensino de qualidade, reunindo várias universidades, institutos e fundações voltadas para a formação e pesquisas.
Estrutura produtiva do Estado se destaca
Economista da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), Izak Carlos Silva destaca que a estrutura produtiva em Minas Gerais possui vantagens em algumas questões específicas.
“A estrutura produtiva do Estado é bem conhecida e com vantagens comparativas, como a extração mineral. Temos grandes potencialidades associadas aos recursos naturais. Podemos citar também o setor industrial alimentício que é muito forte, com destaque para a indústria de proteínas e de fabricação de açúcar. Somos os maiores produtores de leite, então, o setor de laticínios é muito forte. Do lado da indústria de transformação, temos a siderurgia e a metalurgia. Outra indústria forte é a automotiva. A produção energética, principalmente, a solar é bastante importante e tem grande potencial a ser explorado”.
Ainda segundo Silva, assim como os potenciais, os desafios do Estado também são bem conhecidos. A posição geográfica nos favorece em termos nacionais, já que estamos conectados a todas as regiões. Mas existem desafios de infraestrutura, principalmente, nas questões rodoviárias e ferroviárias. Para ele, também é preciso direcionar corretamente a mão de obra, que é altamente capacitada, e o trabalho das startups, voltando para setores que realmente Minas tem potencial.
“É preciso ter um planejamento estratégico para saber aonde a economia quer chegar. Minas Gerais tem enormes potencialidades em vários aspectos, mas é preciso planejar como amalgamar estas vantagens comparativas para chegar a um resultado socialmente melhor. Há muitas ideias sobre as potencialidades, mas, no geral, elas estão desencontradas. Não dá para fazer tudo, é preciso definir no que somos realmente bons e trabalhar nisso”.
O presidente da Associação Comercial e Empresarial de Minas Gerais (ACMinas), Aguinaldo Diniz, ressaltou que o crescimento e a vocação de Minas foram acompanhados ao longo dos 120 anos da história da entidade, que continuará contribuindo para o desenvolvimento do Estado.
“Todos nós mineiros temos que nos orgulhar do nosso Estado, do nosso povo e da nossa cidadania. Esperamos continuar fazendo o que Minas fez para o comércio do País e para crescimento na parte social e educacional”, disse.
Caneca Conte com o NOVO |
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